Em nota divulgada nesta quinta-feira (14), o PPS avalia como “natural” que a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva passe a encabeçar a coligação “Unidos pelo Brasil”, em substituição a Eduardo Campos (PSB), presidenciável que morreu ontem em um acidente aéreo.
Presidente do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP) afirmou que “é natural que a então candidata a vice-presidente [Marina Silva] seja a principal cogitada para a cabeça de chapa”.
“Esse é o momento de manter a unidade em torno do projeto da coligação para o Brasil. O mais importante não são os candidatos, mas a continuidade do projeto de Eduardo Campos para o país. Esse é um assunto que será definido pelos partidos da coligação”, disse Freire.
Para Freire, Eduardo Campos tinha “o respeito e a dignidade para não ser plano B de ninguém”. “Era uma alternativa no primeiro e no segundo turnos”, acrescentou. Além do PPS e do PSB, fazem parte da coligação os nanicos PPL, PHS, PRP e PSL, cujos líderes sinalizaram que vão apoiar a provável escolha de Marina. A decisão só deve sair após o enterro de Eduardo, previsto para domingo (17).
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Marina Silva foi candidata a presidente nas eleições de 2010 pelo PV e ficou em terceiro lugar. Antes de migrar para o PSB, Marina tentou criar uma nova sigla, chamada Rede Sustentabilidade, mas não conseguiu o registro junto à Justiça eleitoral. Por isso, ela se filiou ao PSB, deixando claro não ter abandonado a pretensão em relação à Rede.
Senadores
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) também avaliou hoje que Marina Silva é a “substituta natural” de Eduardo Campos. “É a forma ideal para garantir a possibilidade de uma terceira via. Não apenas do ponto de vista eleitoral, mas para implementar uma forma diferente de fazer política, buscando a governabilidade, sem fisiologismo”.
Já o também senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que “Marina Silva é a pessoa mais próxima do projeto [de Eduardo Campos] e que tem patrimônio eleitoral”. Tanto Simon quanto Buarque eram próximos do pessebista.
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