Os resultados da Pesquisa CNT/Sensus divulgada há pouco revelam que o presidente Lula – favorito nos levantamentos recentes – teve uma queda nas intenções de voto para a corrida presidencial de outubro. A diferença entre Lula e Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à presidência, caiu de 24,8 pontos percentuais, no levantamento de fevereiro, para 16,9, para a sondagem de abril.
Num primeiro cenário, Lula aparece com 37,5% das intenções de voto contra 20,6% do candidato tucano. No levantamento anterior, Lula tinha 42,2% das intenções de voto contra 17,4% de Alckmin.
A vantagem de Alckmin sobre o pré-candidato do PMDB, o ex-governador Anthony Garotinho, aumentou 5,6 pontos da pesquisa anterior para a atual. Garotinho aparece com 15% das intenções de voto – ele tinha 14,4% em fevereiro.
Segundo turno
A vantagem de Lula sobre Alckmin também diminuiu num eventual segundo turno. Nesse cenário, Lula aparece com 45% das intenções de voto contra 33,2% de Alckmin – uma diferença de 11,8 pontos. Em fevereiro Lula tinha 51,3% contra 29,7% de Alckmin – uma vantagem de 21,6 pontos.
Sobre Garotinho, Lula também diminuiu sua vantagem. Em fevereiro, a distância era de 30 pontos, com Lula com 54,1% das intenções de voto contra 24,1% de Garotinho. Agora, Lula aparece com 48,5% das intenções de voto contra 24,2% de Garotinho – uma diferença de 24,3 pontos.
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“No momento, as eleições são favoráveis ao Lula, mas com geração de segundo turno”, comenta Ricardo Guedes, do Instituto Sensus.
Fator Serra
Se o candidato do PSDB fosse o ex-prefeito de São Paulo José Serra, a vantagem de Lula seria mais apertada do que contra Alckmin. No levantamento atual, a diferença entre Lula e Serra está em 11,6%. No levantamento de novembro, essa distância, porém, era de apenas 5,6%.
Serra lançou-se recentemente na disputa ao governo de São Paulo, embora, com a dificuldade de Alckmin em crescer nas pesquisas, tucanos ainda trabalham com a hipótese de ele ser o candidato do partido ao Planalto.
Rejeição a Lula fica estável
A taxa de rejeição ao presidente Lula ficou estável em 35,7% – era 35,8% na pesquisa anterior. A rejeição a Alckmin caiu de 39,9% para 33,5%. Garotinho continua liderando a taxa de rejeição, que caiu de 59,1% em fevereiro para 50,7% na pesquisa atual
“A rejeição a Lula está no limite dos 35%. Está num patamar palatável. A rejeição a Alckmin, que vinha no patamar de 40% cai para 33,5%, colocando-o no páreo eleitoral”, diz Guedes.
A pesquisa ouviu 2.000 pessoas em 195 municípios, no período de 3 a 6 de abril – logo após a queda do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Veja os resultados:
Primeiro Turno
Cenário 1
Lula – 37,5% (fevereiro: 42,2%; novembro: 31,8%; setembro: 32,7%)
Alckmin – 20,6% (fevereiro: 17,4%; novembro: 15,8%; setembro: 13,1%)
Garotinho – 15% (fevereiro: 14,4%; novembro: 15,1%; setembro: 13,2%)
Heloísa Helena – 4,3% (fevereiro: 5,1%; novembro: 5,8%; setembro: 6,3%)
Indecisos, brancos e nulos – 22,7% (fevereiro: 21,1%)
Cenário 2
Lula – 36,6%
Alckmin – 19,6%
Garotinho – 13,6%
Heloísa Helena – 4,9%
Cristovam Buarque – 1,7%
Roberto Freire – 1,3%
José Maria Eymael – 0,2%
Indecisos, brancos e nulos – 22, 3%
Cenário 3 (candidato do PSDB é José Serra)
Lula – 40,2% (novembro: 30%; setembro: 31,4%)
Serra – 28,6% (novembro: 24,4%; setembro: 23,8%)
Garotinho – 10,5% (novembro: 12%; setembro: 10,9%)
Heloísa Helena – 5% (novembro: 5,5%; setembro: 6,3%)
Indecisos, brancos e nulos – 15,8%
Voto espontâneo
“Se a eleição fosse hoje, em quem votaria para presidente da República?”
Lula – 26,4% (em fevereiro último, 30%; novembro: 19,4%; setembro: 20,8%)
Alckmin – 9,% (em fevereiro, 3,8%; novembro: 3,6%; setembro: 2,9%)
Garotinho – 2,8% (em fevereiro, 1,8%; novembro: 2,1%; setembro: 1,9%)
José Serra – 2,8% (em fevereiro, 10%.)
Margem de erro – 3%
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