Rodolfo Torres
Por motivos pessoais, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) tirou licença por 30 dias da Câmara a partir desta quinta-feira (29). Nesse período, ele não será remunerado, nem haverá convocação de suplente.
Ainda na semana passada, quando Ciro começou a admitir que a legenda para disputar a Presidência lhe seria negada pelo PSB, o Congresso em Foco adiantou que a intenção do deputado era tirar uma licença. Oficialmente fora da disputa pela Presidência da República, Ciro efetivamente fez o que já cogitava.
Na terça-feira (27), a executiva nacional do PSB negou oficialmente a legenda a Ciro. Nas últimas pesquisas, a intenção de voto em Ciro oscilava entre 10% e 15%. A decisão, de acordo com o presidente nacional do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi tomada após consulta aos 27 diretórios regionais socialistas. Destes, somente sete foram favoráveis à candidatura de Ciro.
“A Comissão Executiva Nacional avalia como correta e consequente a participação do PSB no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É dever das forças populares contribuir para a continuidade desse projeto, a partir do qual o Brasil retomou o caminho do desenvolvimento soberano, com maior repartição de renda e menor exclusão social”, afirmou nota oficial do partido.
Após a decisão, Ciro classificou a atitude como “erro tático” do partido. “Acho um erro tático em relação ao melhor interesse do partido e uma deserção dos nossos deveres para com o País”, diz Ciro, na nota, que recebeu o título de “Ao rei tudo, menos a honra”.
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