Cinco partidos que fazem oposição ao governo entraram nesta tarde com uma notícia-crime na Polícia Federal para denunciar a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Amapá (AP), Waldez Góes, por corrupção ativa e passiva. O documento foi assinado pelo DEM, PSDB, PPS, PTB e PSC.
Segundo informou o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), Dilma e Lula estão usando a máquina pública para reverter votos e impedir a aprovação da abertura do processo de impeachment na Câmara. O fato concreto citado pelo líder do Democratas foi a publicação no Diário Oficial de decreto do Executivo sobre concessão de terras no Amapá.
Pauderney afirmou que essa concessão estava em negociação havia anos, mas o acordo assegurando as terras foi costurado com o governador do Amapá e publicado nesta semana com a nítida intenção de conseguir mais votos contrários ao impedimento de Dilma. “Essa foi a ação visível, mas também devemos notar o Diário Oficial dos últimos dias, que está recheado de nomeações”, comentou o líder.
“Ato de desesperados”
O deputado Pepe Vargas (PT-RS) classificou a decisão da oposição de entrar com a notícia-crime como um “ato de desesperados”. Segundo ele, o governo não parou em função do processo de impeachment e, portanto, “é natural a publicação de decretos atendendo a demandas de governadores”.
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