O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou hoje que não vai mais orientar os aliados a adiarem a conclusão da análise da Medida Provisória (MP) 316/06, que concedeu 5,01% de aumento aos aposentados com renda acima de um salário mínimo. Ele disse que está disposto a arcar com o risco de uma nova derrota do Planalto no plenário com a aprovação da emenda, sugerida pela oposição, que eleva para 16,6% o percentual do reajuste.
"Vou votar, para ganhar ou para perder", afirmou Chinaglia. O petista disse que na próxima sessão com quorum alto, vai pressionar pela votação da proposta. "Temos outros temas de absoluta relevância para o país, como o Fundeb e a lei geral de micro e pequenas empresas", disse.
Na semana passada, os deputados aprovaram o texto base da medida. Porém, na hora de analisar a emenda da oposição, os governistas sentiram a possibilidade de derrota e esvaziaram a sessão. O governo já perdeu a votação em junho, quando os deputados e os senadores reajustaram as aposentadorias em 16,6%. O incidente, às vésperas do período eleitoral, forçou o presidente Lula a vetar o índice e editar outra MP sobre o mesmo assunto.
"Vamos para a cabeça", afirmou o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), sinalizando a disposição de finalizar a votação da proposta. O problema é que a próxima sessão com chance de quorum na Casa só deve ocorrer na próxima semana. Isso porque devido ao feriado desta quarta-feira, os corredores do Congresso estão praticamente vazios.
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