O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Câmara, disse hoje (5) que se reuniu com o presidente Lula em uma visita de "cortesia" depois que saiu vitorioso na disputa com Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR).
O petista evitou comentar se, durante o encontro, Lula manifestou preocupação sobre a reunificação da base aliada na Câmara. "Se o presidente viesse a tocar em alguns assuntos, eu não poderia dizer. Mas ele está tranqüilo", afirmou.
Chinaglia afirmou estar disposto a curar eventuais feridas remanescentes da disputa com Aldo. "Eu só posso responder por mim. Da minha parte, eleição é questão do passado. Agora, vou trabalhar para a Câmara produzir o melhor que ela pode. Vou estar aberto a todas as bancadas, todos os líderes", disse.
PAC e reajuste dos salários
Chinaglia também disse que a votação das medidas provisórias que tratam do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC ) não deve atrasar, mas acredita em mudanças no conteúdo das propostas. O petista afirmou que voltará a se reunir ainda nesta semana com Lula e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir a análise das propostas do PAC encaminhadas pelo governo no mês passado.
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"Temos mais de um mês e meio. Essa tramitação vai ser tranqüila do ponto de vista do prazo, mas intensa no conteúdo", afirmou. O prazo de um mês e meio citado por ele refere-se a 19 de março, quando as sete MPs sobre o PAC passam a trancar a pauta de votações da Câmara. "As aprovações [das medidas do PAC] serão com as mudanças que a Câmara julgar adequada", ressaltou.
O presidente da Câmara afirmou que o reajuste dos salários dos deputados não será discutido na reunião de amanhã (6). "Isso não será discutido. Não é prioridade. Disse que seria resolvido em breve, mas não de imediato. Quero ouvir os líderes, vou propor que reúnam suas bancadas. E, depois, vai a plenário", disse.
Sobre a possibilidade de votar ainda este ano as reformas políticas e tributárias, Chinaglia declarou: "São prioridades. Mas isso não significa criar ilusão de que vão ser aprovadas num prazo curto. A minha proposta é criar duas comissões especiais para discutir o assunto".
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