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O presidente do Senado, Renan Calheiros, responde atualmente a três investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas ao esquema de corrupção da Petrobras desarticulado pela Operação Lava Jato.
Os inquéritos foram abertos após o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef apontarem o parlamentar como um dos beneficiários do esquema. Segundo Paulo Roberto, Renan agia por meio do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), que se apresentava como seu emissário na hora de cobrar propina em troca de contratos fechados por grandes empresas com a Petrobras.
O senador ainda é investigado por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso, o que o levou a renunciar à presidência do Senado em 2007. Desde janeiro de 2013, há um parecer da Procuradoria-Geral da República oferecendo denúncia contra o parlamentar no caso. Dois anos e meio depois, o pedido não foi analisado. A PGR sustenta que o parlamentar enriqueceu ilicitamente, forjou documentos para comprovar que tinha recursos para bancar despesas pessoais e teve evolução patrimonial incompatível com o cargo.
Os fatos se referem à denúncia feita por Monica Veloso, com quem o senador tem uma filha fruto de relacionamento extraconjugal. A jornalista diz que Renan pagava pensão e aluguel para ela com dinheiro repassado por um lobista da empreiteira Mendes Junior, em troca da apresentação de emenda ao orçamento que favorecia a construtora. Pela mesma denúncia, Renan virou réu por improbidade administrativa na 14ª Vara da Justiça Federal de Brasília em junho.
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