O ministro Celso de Mello do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou a ação penal contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, para julgamento. Caberá ao ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Segunda Turma do STF, pautar o julgamento.
O relator dos casos da Operação Lava Jato, ministro Edson Fachin, já havia liberado a ação para revisão de Celso de Mello em fevereiro deste ano. Gleisi foi a primeira senadora a se tornar ré na Lava Jato, em setembro de 2016, por unanimidade.
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Gleisi e Paulo Bernardo são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por receber R$ 1 milhão em recursos desviados da Petrobras. A quantia destinada a custeio da campanha da petista em 2010 foi paga em quatro parcelas de R$ 250 mil, aponta a denúncia aceita pelos ministros. O pagamento teria sido ordenado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e operacionalizado pelo doleiro Alberto Youssef. O dinheiro foi direcionado a empresas de Ernesto Kugler Rodrigues, também réu na ação.
Na época em que a denúncia foi aceita, os advogados do casal, Rodrigo Mudrovitsch e Verônica Sterman, rebateram a acusação afirmando que ela é baseada em delações premiadas com “divergências gritantes” e “multiplicidade de versões”, sem apresentar provas concretas ou com “base probatória mínima”. Segundo Verônica, defensora de Paulo Bernardo, a procuradoria-geral da República (PGR) “despreza o que foi produzido e valora as delações premiadas”.
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