O ministro interino do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, deverá continuar no cargo, segundo apurou o Congresso em Foco. A nomeação foi revelada no encontro do presidente Lula com os líderes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na noite de ontem (28) e na posse dos novos ministros de hoje (29), no Palácio do Planalto.
O próprio presidente Lula chamou Cassel logo após a cerimônia e comunicou que o ministro, substituto de Miguel Rosseto, vai continuar como titular pasta, uma das últimas indefinições da reforma ministerial. Cassel estará presente na primeira reunião ministerial na próxima segunda-feira (1°).
No cargo desde o dia 4 de abril de 2006, Cassel mantém com a nomeação a presença da corrente petista Democracia Socialista (DS), na Esplanada dos Ministério. Outros nomes da DS tinham sido cotados para o cargo, mas o presidente Lula resolveu atender ao pedido do ex-ministro Miguel Rossetto pela manutenção de Cassel, que recusou o convite para voltar ao Ministério.
Rosseto foi prestigiado pelo presidente da República, pois nas últimas eleições para o Senado chegou muito perto do adversário Pedro Simon (PMDB) e teve 1.549.768 votos. É o nome mais cotado do PT, portanto, para disputa pela prefeitura de Porto Alegre em 2008.
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Os outros dois nomes da DS indicados pelo PT e que disputavam a vaga eram o deputado Walter Pinheiro (PT-BA) e o dirigente sindical Joaquim Soriano. O perfil mais técnico de Cassel do que dos outros indicados também teria pesado na decisão do presidente Lula.
Durante a posse de Cassel no ano passado, o presidente Lula disse que o momento não era mais de mudanças na pasta. "A máquina está andando, o que nós precisamos agora é colocar mais lenha na caldeira", recomendou. Na mesma ocasião, o presidente destacou o relacionamento existente entre o MDA e os movimentos sociais.
Leia o perfil do novo ministro
Engenheiro civil, 50 anos, natural do Rio Grande do Sul. Pós-graduado em Recursos Humanos. agente fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul. Atuou como sub-secretário da Fazenda de Porto Alegre, sub-chefe da Casa Civil do governo do estado do Rio Grande do Sul; secretário-geral do governo gaúcho e como chefe de gabinete do vice-governador Miguel Rossetto. De 2003 até março de 2006, foi secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Tornou-se ministro em abril de 2006, quando Rosseto deixou o cargo para disputar as eleições. (Lúcio Lambranho)
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