Diante das suspeitas de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tenha atuado em defesa da Schincariol (leia mais) para evitar que dívidas milionárias da empresa com o INSS e a Receita Federal fossem cobradas, o Psol pedirá hoje que mais essa denúncia seja incorporada ao processo que apura o envolvimento do senador com a Mendes Júnior.
Segundo reportagem publicada na revista Veja desta semana, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão de Renan, vendeu à Schin por 27 milhões uma fábrica falida que mal valia R$ 10 milhões. A partir daí, o presidente do Senado teria passado a fazer lobby para a empresa.
Na avaliação dos senadores, a acusação complica ainda mais a situação de Renan. "Cada abalo, cada choque, torna ainda mais questionável sua permanência no comando do Senado", pondera Jefferson Péres (PDT-AM).
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que, diante das dúvidas sobre a transação, o mais adequado é questionar o próprio Renan. "Mas uma simples perícia mostraria se houve ou não algum fato estranho", ressalvou.
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"Ele já me assegurou que quer ir ao conselho prestar esclarecimentos. É a oportunidade de também falar desse outro assunto", concorda o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). (Carol Ferrare)
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