O Supremo Tribunal Federal (STF) cederá ao Conselho de Ética da Câmara o acesso ao inquérito que tramita na Corte em segredo de justiça contra o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força.
O pedido para obter acesso aos dados sigilosos foi feito pelo presidente do Conselho, deputado Sérgio Moraes (PTB-RS). Segundo o STF, caberá ao deputado a responsabilidade pela manutenção do sigilo do inquérito “cabendo a ele todas as medidas necessárias para tornar efetiva essa confidencialidade”.
No dia 5 de junho, o Conselho de Ética abriu processo contra Paulinho que é acusado de possível envolvimento com um esquema de fraudes no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).. No último dia 11, o parlamentar se afastou da presidência do PDT paulista. Por meio de acordo firmado com a direção do partido, ele ficará afastado enquanto estiverem em curso as investigações.
Santa Tereza
O processo contra Paulinho é resultado da Operação Santa Tereza, iniciada em dezembro de 2007 pela Polícia Federal e que tinha por objetivo apurar denúncias de exploração de prostituição e tráfico de pessoas. Ao longo das investigações, a PF interceptou, no entanto, ligações de integrantes do grupo que negociavam a cobrança de uma porcentagem sobre o valor liberado pelo BNDES para a realização de financiamentos.
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Segundo a PF, o prefeito de Praia Grande (SP), Alberto Mourão (PSDB), repassou R$ 2,6 milhões à quadrilha em troca da aprovação de financiamento de R$ 124 milhões para o município. Além dele, o ex-conselheiro do banco estatal Ricardo Tosto, acusado pela Polícia Federal de participar do esquema, e o vice-presidente estadual do PDT, José Gaspar Ferraz de Campo, devem ser ouvidos no Conselho de Ética da Câmara. (Erich Decat)
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