O caseiro Francenildo dos Santos Costa e o jardineiro Leonardo Moura foram interrogados ontem pela polícia federal para esclarecer os últimos pontos duvidosos do escândalo que resultou na saída do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Palocci e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso são acusados de violarem o sigilo bancário de Francenildo durante investigação sobre o envolvimento do ex-ministro com os membros da república de Ribeirão Preto em festas realizadas em Brasília.
O fechamento do inquérito depende apenas de saber o momento exato em que o sigilo da conta foi violado e quem está por trás da ação.
Os depoimentos duraram quase duas horas e, de acordo com o delegado Rodrigo Carneiro Gomes, as duas versões foram bastante convincentes.
O advogado do caseiro disse à polícia que a conversa entre o cliente e Leonardo sobre “um bom dinheiro na conta” ocorreu no dia 10 de março, ou seja, cinco dias antes da data em que o ex-presidente da Caixa afirma ter pedido a pesquisa na conta de Francenildo, que foi no dia 15 de março.
De acordo com a versão dos dois, Francenildo recebeu depósitos de R$ 25 mil na conta poupança na Caixa e contou a Leonardo que pretendia comprar uma casa. Os depósitos foram feitos pelo pai do caseiro, que mora no Piauí. Porém, em nenhum momento, ele disse ao jardineiro que o dinheiro estava na Caixa.
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Agora, a polícia suspeita que o sigilo tenha sido violado antes da data admitida por Mattoso.
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