Na opinião do indicado para a vaga de relator da representação do Psol contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), Renato Casagrande (PSB-ES), a existência de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), aumenta a "instabilidade" na Casa.
Conforme antecipou o Congresso em Foco ontem (leia), Quintanilha é investigado pelo STF por conta de acusações de que teria recebido propina em troca de emendas ao orçamento. O alvo do inquérito são três emendas, em um total de R$ 280 mil, apresentadas pelo senador em 1998.
"Não quero prejulgar, porque não conheço o teor do processo. Mas isso gera mais instabilidade no Conselho de Ética", disse Casagrande. "Há forças externas agindo contra o Conselho de Ética. Não sei quem são, mas elas existem. Já tivemos uma renúncia de um presidente e a renúncia de um relator", disse, em referência às saídas de Sibá Machado (PT-AC) da presidência do órgão e de Wellington Salgado (PMDB-MG) da relatoria da representação. O primeiro relator do processo, senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), afastou-se por problemas de saúde.
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Ontem, em entrevista à Radiobrás, Casagrande cobrou mudanças na estrutura do conselho: "Tenho conversado com senadores e dito que precisamos fazer uma reformulação no Conselho de Ética. Ou o Leomar Quintanilha ou outro presidente que tenha firmeza na condução para evitar a interferência externa e colocar o conselho para funcionar". (Carol Ferrare)
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