Carta de Dilma foi tardia, ineficaz e inócua
A “Carta ao Senado Federal e ao povo brasileiro”, divulgada pela presidente afastada Dilma Rousseff é, acima de qualquer juízo de valor, um erro de comunicação.
Mais um entre tantos outros cometidos pela presidente durante seus dois mandatos. Existe em comunicação uma espécie de “tripé sagrado” que nenhum porta-voz pode se dar ao luxo de menosprezar. Comunicação eficaz pressupõe timing certo, foco no objetivo e conteúdo alinhado. A carta veio muito tarde e a mensagem não terá nenhuma utilidade.
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Sua leitura não mereceu a atenção nem mesmo entre os 81 senadores destinatários, que serão os senhores de seu destino político no julgamento do impeachment daqui a alguns dias. “Cartas já não adiantam mais”, brincou um senador, cantarolando Roberto Carlos.
Entre os muitos erros destacados no noticiário factual, há um grave problema de estratégia. No texto do documento, a presidente afastada repete – duas vezes – uma expressão muito utilizada por seus algozes, a de que ela foi afastada pelo “conjunto da obra”. Ao trazer para o texto da carta um conceito criado para enfraquecer a tese da sua defesa, Dilma Rousseff perde mais um momento de provocar impacto político contra o que ela e o PT classificam de “golpe”. Talvez tenha sido a última oportunidade.
New York Times condena biscoito carioca e desperta “nacionalismo” gastronômico
Em meio aos aplausos emocionados da torcida com as medalhas dos atletas brasileiros na Rio 2016, um fato midiático provocou muitas reações contrárias nas redes sociais. O biscoito de polvilho “Globo”, iguaria muito apreciada pelos cariocas, foi “condenado” pelo jornalista norte-americano do The New York Times que está cobrindo as olimpíadas. “Falta de sabor” foi o veredito implacável e o que bastou para despertar a ira das redes.
Este é mais um exemplo típico de polarização em tempo de mídias sociais digitais: tudo viraliza e desperta ondas imediatas de apoio ou críticas indignadas. Uma colunista, irritada, devolveu a indelicadeza e disse que há 30 anos não consegue superar sua perplexidade pela falta de sabor da famosa bagel nova-iorquina, pão em rosca com nome de origem iídiche muito popular por lá. Ela citou uma expressão da língua inglesa: “snarky” – pessoa que faz observações cortantes gratuitas, não para esclarecer o assunto. Polêmica midiática desnecessária.
Veja aqui as reações:
Presidenta do STF?
As questões de gênero continuam gerando controvérsias na mídia. Nesta semana foi a declaração da nova presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmen Lúcia. Consultada pelo atual ocupante do cargo, Ricardo Lewandowski, a ministra avisou que não quer ser chamada de “presidenta”. E argumentou: “Eu fui estudante e sou amante da língua portuguesa”.
Logo começou a discussão nas redes sociais com comentário do ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro de que as duas formas estão corretas. O debate cresceu com piadas de internautas com vídeo da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) em que fala que uma “presidenta inocenta está sendo retirada do poder”.
Snapchat é medalha de ouro nas olimpíadas!
A Geração Y, jovens de 18 a 34 anos, consome informação pelo Snapchat. Cerca de 50 milhões de usuários estão acompanhando os jogos olímpicos do Rio pelo aplicativo, que pode desbancar gigantes como o Facebook e o Twitter em eventos ao vivo. As emissoras NBC e BBC já se deram conta do fenômeno e estão usando a rede social para atingir o público jovem.
O Snapchat firmou parceria com o site de notícias BuzzFeed para produzir snippets(fragmentos) diários dos Jogos, com imagens de bastidores filmadas especialmente para a rede social.
Rômulo Mendonça reinventa a locução e brilha na Rio 2016
“Aqui não, queridinha”, é um dos memes sensação do locutor da ESPN, que mobiliza e amplia a audiência da emissora. O locutor, que virou celebridade nas redes sociais, é a prova do grande poder que uma narrativa forte e emocional tem. Ele soube modernizar a boa locução radiofônica, incorporando expressões pop e acessíveis à sociedade conectada.
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