Reportagem do colunista do jornal Folha de S.Paulo, Josias de Souza, mostra que o governo federal vai deixar de recolher pela Receita Federal R$ 86,7 milhões nos 87 projetos carnavalescos aprovados pelo Ministério da Cultura com base na Lei Rouanet.
"A maior parte do dinheiro –R$ 30,1 milhões (35,8% do total)— dos recursos proporcionados pela lei de incentivos à cultura vai irrigar os cofres das agremiações cariocas. Lograram aprovar 14 projetos", explica em seu blog Josias de Souza.
A escola mais bem aquinhoada, diz o texto, foi a Mocidade Independente de Padre Miguel. "Emplacou três projetos, num valor total de R$ 7,4 milhões. Curiosamente, duas das propostas da Mocidade referem-se ao Carnaval de 2006. Uma delas, de R$ 2,9 milhões, destina-se a cobrir despesas do desfile da escola principal", diz a matéria
A segunda escola mais bem posta na lista do Ministério da Cultura, revela a reportagem, é a Viradouro com R$ 4,2 milhões.
A demais escolas citadas no texto receberão os seguintes valores em renúncia fiscal: Acadêmicos da Grande Rio, com R$ 3,1 milhões; a Unidos de Vila Isabel e a Portela, com R$ 2,3 milhões cada uma; a Unidos do Porto da Pedra, com R$ 1,9 milhão; a Mangueira e a Imperatriz Leopoldinense, com R$ 1,8 milhão cada; a Caprichosos de Pilares, R$ 1,6 milhão; a Unidos da Tijuca, R$ 1,5 milhão; a União da Ilha do Governador, R$ 1 milhão; e a Tradição, R$ 840 mil.
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A lista de projetos abençoados pela pasta do ministro Gilberto Gil não traz nenhuma escola de ponta do Carnaval de São Paulo, o que, segundo o colunista, é uma evidência de que "é possível homenagear o rei momo sem recorrer à Viúva." Em São Paulo, segundo Josias, foram 16 propostas e juntas somam R$ 23,4 milhões.
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