O novo Congresso que tomará posse em fevereiro do próximo ano chega ao Legislativo com uma cifra recorde. Deputados e senadores gastaram R$ 1,1 bilhão nas eleições na intenção de conseguir uma cadeira na Câmara e no Senado. Comparada ao pleito de 2010, a eleição deste ano saiu R$ 200 milhões mais cara. A diferença representa 11% acima do índice da inflação neste período.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, os 513 deputados federais eleitos arrecadaram R$ 721 milhões e os 27 senadores R$ 124 milhões, resultado em R$ 845 milhões somente em 2014. Somado aos R$ 274 milhões que os outros 54 senadores conseguiram há quatro anos – quando os eleitores escolheram dois terços da Casa -, o valor ultrapassa os R$ 1,1 bilhão.
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A maior parte do valor arrecadado pelos eleitos vieram de empresas. Na Câmara, dos R$ 721 milhões, 77% são de pessoas físicas. O frigorífico JBS, por exemplo, doou R$ 50,4 milhões a deputados eleitos e R$ 10,7 milhões para senadores. Já o Bradesco contribuiu com R$ 20,2 milhões para os eleitos, enquanto o grupo Vale distribuiu R$ 17,6 milhões no total.
Na Câmara, serão 198 novos deputados a partir de 2015. Outros 25 que não participaram da legislatura anterior, mas já tiveram mandato em algum momento, retornam à Casa. Esses 223 deputados correspondem a uma renovação de 43,5%. No Senado, dos 27 eleitos, cinco retornam ao Parlamento como reeleitos, enquanto os outros 22 iniciam primeiro mandato em fevereiro.
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