O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta quinta-feira o total de gastos máximos informados pelos candidatos nas campanhas eleitorais para o pleito de outubro. O total estimado, somados os limites de gastos dos mais de 18 mil candidatos em todo o país, alcança R$ 19,79 bilhões.
Na contra mão dos gastos volumosos, o candidato Alberto Luiz Guimarães Iecin, do PFL, informou à Justiça Eleitoral que vai gastar apenas R$ 1 para tentar a eleição a deputado federal pelo Rio de Janeiro. Já o candidato ao Senado Frederico Luiz Maciel dos Santos, do PCB do Maranhão, tem previsão de despesa de R$ 50.
A maior previsão de gastos de campanha individual foi a do fotógrafo Kelson Jorge Abrão, no valor de R$ 800 milhões. Ele concorre a uma vaga de deputado estadual em Mato Grosso. Kelson, porém, divulgou no fim da tarde desta terça-feira que houve um erro de digitação no registro da candidatura. O teto de sua campanha é, na verdade, de R$ 800 mil(Campanha de R$ 800 milhões foi erro de digitação).
Dois candidatos do Amazonas, Joel Cavalcante de Oliveira e Francisco Lucieldo Marinho de Lima, estimaram gasto de R$ 500 milhões cada um na campanha às eleições deste ano.
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Seis candidatos declararam à Justiça Eleitoral que não gastarão nada na campanha de 2006. Jorival Gomes Maranhão, candidato a deputado federal por Goiás; Leonhard Ludwig Amon, José Carlos dos Santos, Haroldo Inácio da Silva e Márcio Henrique Bueno, que concorrem a vagas de deputados estaduais no Rio de Janeiro; e José Carlos Pereira da Silva, candidato a deputado estadual em Tocantins, não pretendem fazer ter nenhuma despesa com campanha.
Presidente da República
Para presidente da República, os oito candidatos registrados pelo sistema do TSE devem gastar nas campanhas, juntos, R$ 279,1 milhões. A candidata Ana Maria Rangel (PRP) – incluída posteriormente na base de dados – lidera o ranking dos altos valores: R$ 150 milhões. O presidente Lula, por sua vez, pretende gastar R$ 89 milhões. Quem deve gastar menos é o candidato Rui Pimenta (PCO): R$ 100 mil.
São Paulo
Uma comparação entre os estados do País revela que é em São Paulo que estarão as campanhas mais caras para os cargos de governador, senador e deputado.
Todos os candidatos a governador reunidos gastarão até R$ 942,554 milhões. Os valores somados em São Paulo equivalem a R$ 151,33 milhões. As campanhas sairão mais baratas é o Acre, onde serão gastos R$ 7,4 milhões.
Para senador, os candidatos, em todos os estados, investirão nas campanhas o total de R$ 434,516 milhões. As campanhas mais onerosas serão feitas também em São Paulo. Serão gastos 67,73 milhões no Estado. A corrida ao Senado sairá mais barata no Acre, onde serão gastos R$ 2,75 milhões.
Deputados
Os candidatos a deputado federal informaram, em todo Brasil, que o valor máximo com campanhas eleitorais será de R$ 6,96 bilhões. Os maiores gastos, R$ 2,349 bilhões, estão previstos para as candidaturas do estado de São Paulo. Os candidatos do Acre farão a campanha de menor custo, com R$ 16,366 milhões.
Os gastos dos candidatos a deputado estadual, de todas as unidades da federação, somam R$ 10,71 bilhões. Em São Paulo serão gastos até R$ 2,19 bilhões. Os gastos com as campanhas do estado do Amapá serão os menores do país, somando R$ 38,84 milhões.
A estatística foi elaborada a partir da base de dados de candidatos cadastrados até o último dia 18 de julho. Algumas candidaturas ainda estão sendo conferidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) – que avalia documentação incompleta, por exemplo – o que pode gerar alteração na base de dados.
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