A CPI dos Grampos da Câmara ouve nesta semana o banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity, e o juiz Fausto Martin de Sanctis, que determinou os dois mandados de prisão de Dantas, investigado pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF). O depoimento de Sanctis está marcado para terça-feira (12), às 14h30, enquanto o banqueiro será ouvido na quarta-feira, no mesmo horário.
Os membros da CPI querem saber de Sanctis se, na operação, foram verificadas práticas de escutas telefônicas clandestinas por parte do grupo de Daniel Dantas. Há indícios de que o banqueiro contratou a empresa Kroll para grampear adversários e pessoas do governo.
Os parlamentares querem esclarecer também se o juiz concedeu uma senha ao delegado responsável pela operação, Protógenes Queiroz, para que ele tivesse acesso a todo o cadastro de assinantes de empresas de telefonia.
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De Dantas, os parlamentares esperam tratar sobre os crimes de fraude, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha do qual o banqueiro é acusado. A princípio, Dantas foi convocado para depor na CPI sobre a contratação da Kroll.
Caso Paulinho
Ainda esta semana, o Conselho de Ética da Câmara realiza a primeira sessão para audição de testemunhas no processo contra o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP).
Está prevista audição com o delegado da Polícia Federal Rodrigo Levin, que coordenou a Operação Santa Tereza, em o parlamentar foi investigado por suspeitas de envolvimento em esquema de fraude em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Votações
Em plenário, ainda não há previsão de pauta. Nesta terça-feira (12), líderes partidários se reúnem para definir as prioridades. Na semana passada, o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), havia sinalizado priorizar a votação da PEC que muda o rito de tramitação das medidas provisórias.
A pauta, no entanto, permanece trancada pela MP 433/08, que estipula alíquota zero do PIS/Pasep e da Confins para a farinha de trigo, trigo e pão, e pelos projetos de lei com urgência constitucional 3452/08 e 1650/07. (Da redação)
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