"Caros:
Tenho um pequeno esclarecimento a fazer em relação à matéria sobre gastos da Câmara com viagens. Da maneira como foi escrita, a reportagem induz o leitor a achar que aquele valor de R$ 155 milhões em viagens desde 2003 se refere a despesas com viagens oficiais. O engano fica claro no seguinte trecho: "É como se, ao longo de dois anos e dez meses, cada um dos 122 milhões de eleitores brasileiros tivesse contribuído com R$ 1,70 para pagar passagens e diárias, em missões oficiais, de parlamentares ou servidores do Congresso".
Ocorre que nesse valor total estão incluídas as despesas com a cota de passagens mensal dos parlamentares, sem a qual os deputados não teriam como exercer suas atribuições. Por razões óbvias, eles precisam estar em Brasília ao longo da semana e, com exceção dos oito representantes de Brasília, os demais 503 vivem em outros estados, daí a despesa não poder ser classificada como supérflua ou indevida.
Em relação a viagens oficiais, os números corretos são os seguintes:
2003 – R$ 2.218.702,51
2004 – R$ 1.630.169,18
2005 – R$ 938.572,50
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Essas passagens são adquiridas pela Câmara com um desconto de 11% sobre o menor valor de mercado. Além disso, são todas de classe econômica. Como se não bastasse, nesse total estão incluídas passagens de servidores em missão e até de depoentes e convidados de comissões que necessitam vir a Brasília prestar depoimentos – por exemplo, em comissões de inquérito, Conselho de Ética e órgãos do gênero.
Espero ter esclarecido o engano e aproveito para parabenizar o Congresso em Foco pelo importante e talentoso trabalho que tem feito.
Abraços,
Antonio Vital
Assessoria de Imprensa
Câmara dos Deputados"
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