Na justificativa da emenda, o líder da minoria na Câmara, Nilson Leitão (PSDB-MT), disse que a ideia é “resguardar o direito autoral” e estimular ações beneficentes por entidades sociais. “Trata-se de igrejas, templos, comunidades rurais, clubes de serviço, associações”, explicou o tucano, ressaltando que eles precisam ser os organizadores do evento.
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Para a relatora do projeto, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), não dá para comparar uma Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) com uma Pontifícia Universidade Católica (PUC). “Esse assunto está sendo discutido na Lei Geral do Direito Autoral. Vamos atrasar a sanção de uma lei com uma discussão que não se encaixa no momento”, afirmou. Ela ponderou que a sugestão devera ser melhor discutida.
Consensual
Para a relatora, o projeto vindo do Senado estava “amadurecido” e era “consensual”. Na visão de Jandira, o Ecad sai fortalecido com a medida. A proposta mantém o escritório como órgão de arrecadação dos direitos autorais e reduz de 25% para 15% a taxa administrativa. O órgão também continuará a ser formado pelas associações que representam compositores e intérpretes.
Mas agora elas terão que se habilitar junto ao Ministério da Cultura para comprovar que têm condições de administrar os direitos de forma eficaz e transparente. Pela proposta, O Ecad terá quatro anos para se adaptar às novas regras.
As associações também terão que aderir à um cadastro unificado que apresente quem são os filiados e quais obras estão cadastradas, afim de evitar o falseamento de dados e a duplicidade de títulos. As emissoras de rádio e televisão ficam obrigadas a tornar pública a relação completa das obras que utilizou. Atualmente, a distribuição dos recursos é feita por amostragem. Apenas a fiscalização continuará a ser feita dessa forma.
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