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Editorial: a rendição do Congresso ao chiqueiro da política
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Henrique Alves foi o segundo candidato a discursar, logo após a também peemedebista Rose de Freitas (ES). O líder do PMDB disse ser uma “imensa responsabilidade” ser o nome do partido para o cargo. Na Câmara desde 1971, ele está no 11º mandato consecutivo. “Os 42 anos se passaram, me dando essa imensa responsabilidade de me apresentar com orgulho e altivez”, disse.
Aplaudido diversas vezes pelos colegas parlamentares, ele citou os partidos que o apoiam oficialmente. Indiretamente, criticou os candidatos avulsos, que apostam nas dissidências para levar a eleição para o segundo turno. “Nenhuma palavra minha é para dizer: traia o seu partido e vote em mim. Eu não quero o voto escondido, não quero o voto por esperteza, não quero o voto por conveniência. Quero o voto da coerência, da palavra, do caráter, da honradez”, disparou.
Promessas de candidatos miram o baixo clero
Propostas
Para Henrique Alves, a Câmara é injustiçada. “É por ela se expor, por ela se abrir, por ela ser verdadeira”. Entre as propostas, defendeu o orçamento impositivo – “a liberação de emendas faz os deputados se humilharem” – e também a análise dos 3 mil vetos presidenciais. O presidente da Câmara não faz parte da Mesa do Congresso, mas pode negociar com o presidente do Parlamento a votação das negativas presidenciais.
Além disso, criticou a atual cobertura dos veículos de comunicação da Casa. Para ele, a TV Câmara precisa ser “mais Câmara e menos TV”. “Não quero ver nunca mais uma foto com o plenário vazio”, afirmou. O peemedebista acredita que, por causa de imagens dessa natureza, os deputados ficam com a pecha de não trabalhar. “É preciso mudar esse modelo”, disse.
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