A Câmara dos Deputados criou, na tarde de hoje (23), a CPI dos Grampos Ilegais. O objetivo é investigar as suspeitas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que foram alvos de escutas telefônicas. Alguns, como Gilmar Mendes, disseram à revista Veja que acreditam que a Polícia Federal está por trás das ilegalidades.
O requerimento de criação da CPI foi lido no plenário. Agora, os líderes partidários terão 48 horas para indicar os membros da comissão. Entretanto, esse prazo regimental não costuma ser cumprido à risca.
Segundo o autor do pedido de CPI, são graves e merecem investigação os fatos narrados pelos ministros do Supremo. "Caso confirmados, o nosso próprio Estado democrático de direito se precarizará", afirmou o deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), na justificativa do requerimento. Ele ressaltou o suposto uso do aparelho policial para constranger a última instância judicial a decidir sob "pressões ilegítimas".
Para Itagiba, essa pressão colocaria em dúvida a isenção dos ministros. O deputado afirma que a credibilidade da Justiça é indispensável ao respeito às decisões judiciais. (Eduardo Militão)
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