Enquanto não decide se aumenta os salários e a verba para contratação de assessores, a Mesa Diretora da Câmara aumentou a cota aérea a que os 513 deputados federais têm direito. O reajuste, desta vez, foi de apenas 2,6%. Mas o índice acumulado desde junho de 2000 soma 185,8%. No mesmo período, a inflação foi de 63,8% (IPCA), de acordo com a Folha de S. Paulo.
Segundo o repórter Ranier Bragon, com o aumento, a menor cota passa a ser de R$ 4.253,91 mensais para os deputados do Distrito Federal, apesar de eles não precisarem das passagens. Já a maior cota, para os deputados de Roraima, sobe para R$ 16.938,44 mensais.
Com o reajuste, a Mesa regulamenta outro ato, publicado em outubro, que estabelecia um "gatilho" semestral para a correção da cota, mas não especificava a forma como ela se daria. Agora, ficou estabelecido que a cota "será reajustada semestralmente, de forma automática, nos meses de janeiro e julho", de acordo com a inflação (IPCA) acumulada nos seis meses anteriores.
A decisão foi tomada em reunião fechada dos sete deputados que compõem a Mesa da Câmara. Os sete serão os mais beneficiados, já que os integrantes da Mesa têm direito a um extra de 70% sobre o valor da maior cota, observa a Folha. Os líderes partidários recebem extra de 25% em cima da maior cota.
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Na próxima reunião, a direção da Câmara deve voltar a discutir o aumento de 28,1% na verba a que os deputados têm direito para contratação de assessores – de R$ 50,8 mil para R$ 65,1 mil mensais – e a possibilidade de reajustar os salários dos parlamentares de R$ 12.847 para R$ 16.457.
O reajuste da cota de passagem aérea vai na contramão de estudo encomendado pela própria Câmara à Fundação Getúlio Vargas, que recomenda a redução da cota em 20%.
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