Com 314 votos favoráveis, 36 contrários e seis abstenções, a Câmara aprovou nesta quarta-feira (26) projeto de lei que reserva aos negros 20% das vagas em concursos públicos para cargos efetivos e empregos na administração pública federal e autarquias, fundações e empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União. O projeto segue para o Senado.
Os deputados derrubaram emendas que ampliavam o alcance da medida e prevaleceu a versão original apresentada pelo Executivo. O texto aprovado reserva 20% das vagas para negros, mas não permite que a cota seja estendida para cargos em comissão, como propôs o deputado Luiz Alberto (PT-BA).
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Também ficou de fora a emenda que previa o aumento da cota para 30%, incluindo índios, proposta por Domingos Dutra (SDD-MA).
Mais cedo, em comissão, parlamentares tinham acatado sugestão da deputada Janete Pietá (PT-SP) para que o preenchimento de cargos comissionados observasse percentuais paritários para negros, pardos e brancos. Outra alteração sugerida previa que a reserva fosse dividida entre estudantes de escolas públicas e privadas. Tudo isso “caiu” no plenário. Se sancionada, a cota vai vigorar por dez anos. Caberá aos candidatos se autodeclararem pretos ou pardos.
O tema dividiu opiniões dos parlamentares. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) criticou o projeto no plenário. “Esse projeto é racista, separatista e imoral”. Já a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) defendeu a medida. Para ela, a ação afirmativa não pode virar alvo de “chacota”. “O que falta ao negro é a oportunidade. E esse projeto vai dar oportunidade”.
O deputado Sílvio Costa (PSC-PE) argumentou que a questão racial não é mais importante do que a questão social. “No sertão de Pernambuco, onde tem colonização holandesa, os brancos é que são pobres. E então os filhos dos negros ricos serão privilegiados em detrimento dos filhos dos brancos pobres”. No entanto, a maioria dos líderes partidários defendeu o projeto. “Infelizmente, fui acompanhado pelo deputado Bolsonaro nesse tema”, afirmou Sílvio Costa aos jornalistas, depois.
Os comentários aqui parecem o do Estadão e da Folha, é um show de horror! Mesmo papinho “meritocrático” de sempre, que serve convenientemente para reforçar toda sorte de desigualdades sociais, racismo e preconceitos que estão nas raízes do Brasil à partir de uma perspectiva pretensamente “ética”. Só que não!
Sou contra cotas. Negro, pardos, brancos, homens, mulheres, jovens, velhos, TODOS são iguais e tem capacidade, discernimento suficiente para saber o que querem. Suor,dedicação, fibra, isso sim se faz necessário e não cotas.
Eu tenho uma proposta: Quem participar de Concurso Público daqui para a frente, deverá obrigatoriamente indicar sua disposição ou NÃO, em passar sua vaga, se aprovado, em prol das das ditas minorias “vítimas de uma sociedade burguesa, opressora e malvada”. Não é justo assim? Quem se matou de estudar, e ralou para pagar um cursinho preparatório, se repentinamente sofrer de um remorso hipócrita, que DOE A PRÓPRIA VAGA!!! É fácil para políticos que não produzem nada,
tomarem o que é dos outros POR DIREITO, muito fácil!
O cerne da questão, que não passa nem como poeira pela cabeça do “pulitico-CÔ”, é voltar a qualidade que as escolas públicas possuiam. Eu estudei em EP. Ótima!. E havia, naquela época, uma dezena, aqui no Rio, melhores que a minha, e que eram o sonho de todo aluno dedicado. Só que a disputa era muito grande, Sem cotas- evidentemente. E, por incrível que possa parecer, sei que soará inacreditável, mas não havia interferência de “pulitico-CÔ” na admissão. Os melhores estudavam nelas, e pronto. Mudou muito. Então, fica muito mais fácil para a canalhada “puliti(ti)ca” distribuir cotas em vez de aprimorar, melhorar o ensino, principalmente público. Voltemos a qualidade de outrora. Não é difícil. Não é nem trabalhoso (uma vez que “pulitico-CÔ” não gosta de trabalhar), é só ter vontade de fazer. Mas… os tempos são outros, o país caiu em um cagamaçal (obgd.Valério Meinel), e não consegue sair. A propósito, uma perguntinha canhestra se faz necessária: Joaquim Barbosa, dispensa apresentação; Milton Santos, geógrafo, intelectual de escol, respeitado no mundo inteiro, infelizmente falecido ; Joel Rufino dos Santos, escritor, historiador de renome; Lima Barreto, dispensa apresentação e, por final, Machado de Assis, creio que todos conheçam, todos negros, precisaram de cotas?. E, antes da fúria de negros em resposta, devo esclarecer que sou negro,.E sou contra cotas.
O Brasil ainda esta em dívida com os negros que aqui residem e junto com as demais raças contribuíram em muito para o desenvolvimento desta grande nação. Muito diferentemente dos USA, onde a discriminação era segregada, fazendo com que os governantes criassem meios para o desenvolvimento dos negros americanos, onde foram criadas mais de 100 Universidades exclusivas para negros; Martins Luther King estudou numa destas. Com esta iniciativa dos gringos formou-se uma “elite” de negros americanos, somando-se as cotas que contribuíram em muito para formação desta elite. No Brasil existe um preconceito “velado”, não admitido pela população; porém fez que os negros ficassem excluídos de muitos cargos importantes, uma vez que nada se fez para integração dos negros na sociedade após a abolição da escravatura, fazendo com que este vivessem ás margens desta sociedade; basta verificar: o n.º. de diretores negros que trabalham nas empresas!? Veja nas instituições financeiras particulares o n.º. de mulheres negras de exercem cargos acima de escriturárias, inclusive, nos bancos!? (será que as mulheres negras não tem competência para trabalhar nos banco particulares ou estas instituições não dão oportunidade para mulheres negras ingressarem em seus quadros e mesmos os homens negros são ínfemos os que trabalham nestes bancos, em cargo de gerência, praticamente nem existem!?)
Que conversa besta é essa “o Brasil está em dívida com os negros que aqui residem”??? Você se sente endividado com isso? Eu não. Se tem algum problema de consciência com essa estória, permita-me uma sugestão: Faça um concurso público, se arrebente dia e noite de estudar; perca os finais de semana sobre livros; deixe de sair com os amigos; use suas economias para pagar o curso e depois a hora que passar, DOE a sua vaga, a quem acha que merece mais que você. Quer se sentir culpado de algo? Ótimo, fique à vontade, mas não jogue os outros no mesmo barco!!!!
Olhe Pacificador, a realidade vivida pelos negros nestes 126 pós escravatura, fez com que negros ficassem sem expectativa de evolução nas mesma condições com as demais raças; uma vez que sem terem a mesma igualdade de condições ficaram aquem das oportunidades profissionais; com isto recebendo os menores salários, não tendo condições de darem uma vida melhores aos seus filhos , multiplique isto por 126 anos, sim concordo com vcs. todos são iguais perante as leis, só que a discriminação racial que os negros vem sofrendo até hoje, mascara esta clausula pétrea da nossa constituição uma vez que a discriminação no Brasil nunca foi aceita/confirmada pelo poder público e até mesmo pelas pessoas que nunca sofreram na pela esta intolerância; isto começou mudar com as cotas nas universidades públicas federais e estaduais de alguns estados brasileiros que reconheceram e assumiram esta dívida com os negros e tais medidas ainda são paliativas mais importantíssima para que este povo negro que ajudou enriquecer esta nação que temos hoje possa também participar ativamente da distribuição desta riqueza.
Existe uma intensa agenda de esquerda, trabalhando ativamente na questão racial. Quanto mais dividida a sociedade estiver, mais a vermelhada fica feliz. É preciso muito cuidado, para não ser mais um ingenuo útil…
Estudar pra que??? Basta ser de alguma “minoria”, que lá vem o Estado babá meter o dedo para se intrometer. Pergunto, onde fica o MERECIMENTO do cidadão? Onde fica o ESFORÇO PESSOAL? A dedicação aos estudos, o MÉRITO? Eu respondo: NO LIXO!!! Se você acha que é no voto que vai mudar isso, nas tais urnas eletrônicas que não emitem comprovante, e cujos provedores verdadeiros ficam onde ninguém sabe, pode esquecer, você é o ingênuo/a que eles adoram….
O merecimento existiu durante a escravidão? Existiu para aquelas crianças com pais pobres que simplesmente não puderam frequentar as melhores escolas (isto é, as privadas)? O esforço pessoal é realmente valorizado pelos chefes de empresas que, qualquer belo dia, escolherão um branco antes de qualquer negro, para liderar um setor qualquer?
E o que eu tenho a ver com a escravidão? Você se sente devedor de algo? Quem quiser abrir mão de uma posição em benefício de alguma minoria, que abra, DOE SUA VAGA, mas não ponham a culpa sociedade. E esse papo de branco malvado e dominador, ou é pura conversa mole, ou trauma de portador complexo de inferioridade. No mundo todo, o fator COMPETÊNCIA é determinante, aqui não….
Quem “dar um tapa na cara de outra pessoa, pode esquecer que bateu; quem leva o tapa na cara jamais esquece” acho que você nunca passou num teste de seleção (empresa particular) em 1.º. lugar; e depois é eliminado na “entrevista”, por ser negro – é muita destas situações é que os negros no Brasil muitas vezes se deparam; com isto para sobreviver honestamente os negros são obrigados a aceitar as “vagas que sobram”; as de menor remuneração impedindo que os negros tenham as mesmas condições que as demais raças; isto ainda ocorre em nosso Brasil;
Matheus, vamos aceitar 100% do seu argumento, que o negro não tem oportunidades de boas vagas em empresas privadas. Concurso público não vê cor, vê nota apenas… Acho que o mais correto seria uma cota social e não racial. Temo pelo aumento do preconceito da forma que está…
Matheus, como o Vitor já comentou, estamos tratando aqui de “Cotas para o Serviço Publico”. Se admitirmos sua tese, teríamos que considerar também uma possível descriminação contra “obesos”, “baixinhos” e / ou “magrelos”, entre tantos outros, que também poderiam reclamar de não terem as mesmas chances. Isso não é cabível, pois todos somos iguais perante a Constituição. O que pode diferenciar-nos? Um concurso, por exemplo, onde os melhores serão escolhidos por terem tido a melhor pontuação. Pouco importando a cor, credo ou para que time torce. Que se dane tudo, o que tem que valer é o MÉRITO, e é só.
Se na constituição federal de 1988, diz que todos são iguais, porque essa separação do branco pro negro? Essa decisão servirá para aumentar o racismo no BRASIL, é dizer oficialmente que os negros são incapazes, inferiores e despreparados para exercer sua cidadania.
Coisa que não é verdade.
Não é justo a pessoa ser aprovado em concurso e perde a vaga por ter a pele branca.
isso se entende como preconceito racial, e o que dizer do cidadão negro assumir um posto, e depois na ambiente de trabalho ser discriminado por ser inepto,
e ser negro .
é preciso que o parlamento Brasileiro entenda que o negro só diferencia do branco mesmo, na cor da pele, pois todos os negros assim como os de cor clara são capazes e inteligentes para serem aprovados em concurso.
Adelso, não é questão dos negros serem “incapazes, inferiores e despreparados para exercer sua cidadania”, mas sim deles não terem tido as mesmas oportunidades que os brancos vêm tendo desde sempre (ex. frequentar escolas privadas, ser promovido a postos de maior influência, etc.). O racismo no Brasil sempre existiu, meu amigo. O que o estado está tentando fazer agora é desinclinar essa balança racial um pouquinho, permitindo assim que haja uma participação maior de afro-brasileiros, e para que os mesmos, no futuro, possam estar mais presentes nas posições de poder.
Vinicius, não faz sentido. As cotas deveriam ser sociais e não raciais… Na minha opinião, além de injusto, só vai ampliar o racismo no país e não diminuir.
Cotas sempre existiu vejamos um exemplo: Na medicina e odontologia possui menos de 2% de profissionais negros neste segmento e 98% das demais raças (a cota de negros é menos de 2%) – Pergunta por que será que tem poucos médicos e dentistas negros!?; e assim sucessivamente em várias profissões: Gerente de Banco, Engenheiro, Diretor de Empresa, fiscal de rendas, auditor fiscal e assim vai…
Matheus, a questão é que tem poucos médicos pobres… E pela história terrível do nosso país, os negros são em sua maioria pobres, daí o número reduzido desses profissionais. Acredito que com uma cota social haveria inclusão de muitos e muitos negros, porém sem injustiçar brancos pobres ou beneficiar indevidamente negros ricos…Além do mais, você tira o estereótipo dos cotistas… Com cotas para negros, acredito que o preconceito pode crescer ainda mais…
Concordo. Se a justicativa é a que os negros são a maioria dos pobres as cotas deveriam se para pobres, pois esses são 100% pobres. Se 70, 80 ou 90% dos pobres são negros, por prejudicar os demais pobres, os pobres brancos ou de outra cor? Uma aberração as cotas raciais!
Daqui a pouco vem Jean Wyllys com cota pra gay, lésbica, Travesti, transexual e pedófilo.
Já deve haver um ante-projeto para isto.