A Caixa Econômica Federal mantém no seu comando cinco dirigentes sob suspeita de envolvimento em esquemas de corrupção. Além do presidente Gilberto Occhi, também são alvo de investigações do Ministério Público Federal e do próprio banco quatro vice-presidentes: Deusdina dos Reis Pereira (Fundos de Governo e Loterias), Roberto Derziê de Sant’Anna (Governo), José Henrique Marques da Cruz (Clientes, Negócios e Transformação Digital) e Antônio Carlos Ferreira (Corporativo). Eles são citados nas operações Sépsis, Cui Bono? e Patmos, conduzidas pela Procuradoria em Brasília. As informações são da Folha de S.Paulo.
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Eles são suspeitos de auxiliar o grupo do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) e do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) a viabilizar operações do banco nas quais, segundo os investigadores, houve pagamento de suborno.
Delator da Operação Lava Jato, o corretor Lúcio Funaro acusou Occhi de ter uma “meta de propina” a cumprir quando era vice-presidente de Governo na Caixa.
Conforme a reportagem, uma apuração paralela, encomendada pelo comitê independente da Caixa ao escritório Pinheiro Neto Advogados à empresa de investigação privada Kroll e à auditoria PwC, expôs os vínculos da atual cúpula com políticos investigados e mostrou como tem funcionado o balcão de favores no banco.
O MPF pediu, em dezembro, que o governo afastasse todos os vice-presidentes para que a escolha passe a ser feita por critérios técnicos. O pedido, enviado à Casa Civil e ao banco, compila irregularidades atribuídas aos executivos.
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