O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), interpelou judicialmente o ex-senador cassado Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) para que explique em juízo as afirmações que fez contra ele em artigo publicado no último dia 31 no jornal Diário da Manhã, de Goiânia. No texto, Demóstenes diz que Caiado recebeu dinheiro de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, principal alvo da Operação Monte Carlo, em 2012. Os repasses, segundo ele, foram feitos para as campanhas eleitorais de 2002, 2006 e 2010.
A interpelação foi protocolada no Tribunal de Justiça de Goiás. Caso o ex-senador não se retrate, os advogados de Caiado vão processá-lo por calúnia e injúria e pedir indenização por danos morais.
“O artigo menciona fatos e pessoas da convivência do Interpelante e retrata inverdades que maculam a percepção popular sob sua vida política, bem como insinuam ‘inexistentes’ ligações políticas”, argumenta a defesa do senador goiano.
No mesmo dia em que o artigo foi publicado, Caiado divulgou nota negando qualquer relação com Cachoeira e atacando seu antigo aliado. Chamou-o de “bandido”, “corrupto”, “mau-caráter” e “psicopata”. Em seguida, Demóstenes espalhou nova nota. Reafirmou tudo o que dissera e ameaçou fazer revelações que levariam o senador à cassação.
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“A partir de agora a Justiça vai resolver a minha situação e a dele. Reafirmo tudo o que disse. A minha agonia está no fim e a de Ronaldo Caiado apenas se iniciando. Tenho dito”, afirmou o ex-senador, cassado por causa de suas relações estreitas com o contraventor.
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