“Só dou conta de ser firme se eu acreditar numa tese. Como 26 deputados oriundos do PTB vão votar com o governo e 21 do Democratas serão oposição? Não dá pra eu participar e conviver com essa fusão. Não vou deixar de lado princípios e doutrina partidária. Vou lutar dentro do Democratas contra a fusão”, declarou o líder oposicionista.
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Ontem a Executiva do DEM decidiu, por 21 votos a quatro, dar prosseguimento às negociações para a fusão com o PTB, que faz parte da base governista e tem até um ministro, o senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Contrário à união das duas siglas, Armando também ameaça deixar a legenda caso o projeto prospere.
Pelo DEM, as negociações são conduzidas pelo presidente do partido, senador José Agripino Maia (RN). Sem citar o nome de Agripino, Caiado criticou duramente a condução do processo. “Vou fazer todo tipo de mobilização. Fazer uma consulta e uma pesquisa com os filiados. Decisão de cúpula não dá”, afirmou.
Para o senador, o DEM está abrindo mão de “colher frutos pelas suas posições”, após ter sua bancada drasticamente reduzida com a criação do PSD, pelo atual ministro das Cidades, Gilberto Kassab. “É triste ver a tese de Lula prevalecer: o Democratas sendo extirpado pelo próprio partido”, declarou.
Apesar de o PTB integrar a base do governo, José Agripino diz que não há possibilidade de o DEM se tornar aliado do Palácio do Planalto. Pelo PTB, as negociações são comandadas pela deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), presidente da sigla e filha do ex-presidente do partido Roberto Jefferson, que cumpre pena por condenação no mensalão.
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