O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), anunciou hoje (7) que vai pedir ajuda financeira ao governo federal para ajudar as vítimas da chuva que matou 26 pessoas no estado.
Cabral está em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, reunido com os 12 prefeitos das cidades mais atingidas pelas enchentes provocadas pela chuva que cai há mais de uma semana. O peemedebista chegou à cidade acompanhado do ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, e do secretário nacional de Defesa Civil, Jorge Pimentel. Eles discutem medidas para ajudar a população atingida pelos temporais e avaliam a necessidade de decretar estado de calamidade pública nos locais mais prejudicados.
O ministro informou que o presidente Lula está bastante receptivo ao pedido de ajuda do governador fluminense e que um levantamento dos danos nas estradas e nos municípios será feito para auxiliar na liberação dos recursos.
Chuvas causam cerca de 50 mortes no Sudeste
Ao menos 50 pessoas morreram na região Sudeste após os temporais que atingem o país nesta primeira semana do ano. O Rio de Janeiro é o estado mais afetado, onde 26 morreram e mais de 15 mil pessoas deixaram suas casas. Em Minas Gerais, as primeiras três mortes do ano foram confirmadas ontem (6).
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De acordo com dados da Defesa Civil, 15.265 pessoas tiveram que deixar suas casas. Destas, 2.155 estão desabrigadas e outras 13.110 são classificadas como desalojadas, ou seja, pessoas que foram retiradas de suas casas preventivamente.
O Ministério da Integração Nacional informou na sexta-feira (5) que serão liberados R$ 57 milhões para ações em áreas de desastres naturais. Do montante, R$ 17 milhões serão destinados às vítimas das chuvas.
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Serra quer ajuda de Lula para segurança de SP
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pedirá ajuda ao governo federal para a segurança em São Paulo. O ‘decálogo para a segurança’ criado pelo governador tucano prevê o aumento do efetivo da Polícia Federal no estado, cooperação das forças armadas na área de inteligência e agilidade nas liberações de repasses do Fundo Penitenciário Nacional e do Fundo Nacional de Segurança.
Serra considera essencial fortalecer o combate ao que ele considera raiz e essência do crime organizado: o tráfico de armas e drogas e o contrabando.
O ‘decálogo’, a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, realça três conceitos-chave no planejamento da segurança pública de São Paulo: o primeiro é prevenção; o segundo é inteligência; e o terceiro é integração. Os três serão transmitidos a todos os setores da segurança pública.
Na semana passada, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), encaminhou um pedido oficial ao presidente Lula solicitando a ajuda da Força Nacional de Segurança, com o objetivo de coibir a violência no estado.
Bolsa Família não combate pobreza nas cidades
O programa do governo federal Bolsa Família não tem impacto relevante no combate à pobreza nas regiões metropolitanas. De acordo com reportagem de Marta Salomon, do jornal Folha de S. Paulo, mesmo que o volume de dinheiro repassado pelo programa seja grande, o impacto é menor do que em municípios pequenos e médios e de baixo desenvolvimento econômico no Norte e Nordeste.
"Os repasses acabam se diluindo porque o custo de vida também é maior” diz Rosani Cunha, secretária de Renda da Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social.
As regiões metropolitanas receberam R$ 1,3 bilhão dos R$ 6,5 bilhões pagos pelo Bolsa Família em 2005. São Paulo e as 38 cidades do entorno ficaram com R$ 238 milhões no ano base da pesquisa da economista Sonia Rocha.
A secretária responsável pelo programa federal disse que o governo estuda outras estratégias de combate à pobreza em São Paulo e nas demais regiões metropolitanas, mas descarta o pagamento de valores mais elevados aos seus habitantes. Segundo Rosani Cunha, o aumento poderia estimular a migração de pobres para as metrópoles.
O ministério defende a redução da conta de luz para as populações pobres, por meio da regulamentação da tarifa social de energia. No momento, a principal estratégia é intensificar os programas de aumento da escolaridade, a capacitação profissional e a geração de renda da população cadastrada no Bolsa Família nas regiões metropolitanas.
"É uma boa notícia", disse Rosani Cunha sobre a redução do número de pobres em São Paulo. "Ainda que a queda da pobreza possa conviver com a manutenção da desigualdade de renda, que também precisamos combater", complementou.
A redução da pobreza em São Paulo contraria uma tendência de queda pouco expressiva do número de pobres nas regiões metropolitanas "Mantida essa tendência, é de se esperar que a queda nos níveis de pobreza continue a se dar de forma mais lenta nas grandes cidades", diz o texto, que aponta a pobreza metropolitana como um dos principais desafios do segundo mandato do presidente Lula.
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