O presidente da OAB, Roberto Busato, criticou a autorização para abertura de novos cursos de direitos no país dada pelo Ministério da Educação. Segundo Busato, a liberação virou “moeda eleitoral” e só aconteceu no ano passado para facilitar a reeleição do presidente Lula, a semelhança do que aconteceu na gestão do ex-presidente Fernando Henrique.
"O mesmo aumento de autorizações de curso verificado às vésperas da reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aconteceu agora com a reeleição do Lula. Em agosto do ano passado, três cursos de Direito foram autorizados por dia, incluindo sábado e domingo. É evidente que o ensino jurídico no país virou moeda eleitoral, configurando crime de lesa-pátria", disse Busato.
A OAB divulgou, hoje (15), uma relação da avaliação dos 322 cursos examinados pela instituição, dos quais recomendou apenas 31,6%, ou seja, apenas 87 atingiram índices positivos. Para Busato, o resultado demonstra a péssima qualidade do ensino nas faculdades. “Quando o MEC começar a fechar esse tipo de curso, os empresários vão pensar duas vezes antes de montá-los."
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Legislatura "deplorável"
Busato afirmou que espera que a eleição para a presidência da Câmara não resulte em um “quadro de anomalia”, como classificou a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) ao cargo. O presidente da OAB também disse que a atual legislatura é “deplorável”.
"É preocupante porque saímos nas últimas eleições com uma situação trágica. Esperamos que não se repita o quadro de anomalia, como na eleição do Severino Cavalncati. Esperamos uma disputa pensando na instituição para não se repetir uma legislatura tão deplorável quanto a atual”, disparou.
Ele também disse que é preciso que a sociedade fique atenta para que não haja manobras no Congresso em relação à aprovação do aumento do salário dos parlamentares para R$ 24,5 mil. “Só recuaram do aumento do salário por causa do clamor popular. Se o clamor popular não vier, isso pode acontecer”, alertou.
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