O pecuarista José Carlos Bumlai resolveu decidiu confessar. Em busca de uma pena menor, o amigo de Lula revelou à Polícia Federal, nesta segunda (14), que pegou emprestados R$ 12 milhões do Banco Schahin, em 2004, para repassar ao caixa dois do PT. A confissão ocorreu durante depoimento de mais de 6 horas.
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No depoimento, Bumlai revelou que a sugestão para que fizesse o negócio foi do presidente do banco, Sandro Tordin, que, assim como a família Schahin, fez acordo de delação premiada na Lava Jato. O pecuarista disse que Tordin o orientou a tomar o empréstimo ‘para passar ao PT, via [Natalino]Bertin’ [parceiro de negócios de Bumlai, segundo a PF].
Chantagem
Bumlai contou à polícia que metade do valor, R$ 6 milhões, foi para o PT de Santo André, onde o partido teria sido chantageado pelo empresário, Ronan Maria Pinto. Este teria pedido R$ 6 milhões silenciar sobre o caixa dois do diretório local e a ligação desses recursos com o assassinato do prefeito daquela cidade, Celso Daniel (PT), em 2002. A outra metade foi enviada ao PT de Campinas, para pagar dívidas de campanha, conforme a confissão de Bumlai.
José Carlos Bumlai revelou ainda que tomou conhecimento de que parte do dinheiro iria para Campinas por causa da presença de marqueteiros que atuavam na campanha daquela cidade. Quanto à quantia remetida para Santo André, o pecuarista contou que sóem 2012 ficou sabendo que os R$ 6 milhões serviriam para calar um suposto chantagista.
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