O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje (27) que o Brasil chegará ao final deste ano com o sétimo Produto Interno Bruto (PIB) no ranking mundial. Mantega, que participa de evento promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, justificou a posição do país considerando a nova metodologia adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o novo cálculo do PIB, o crescimento da economia brasileira no ano passado subiu de 2,9% para 3,7%. O IBGE, com o novo cálculo, passou a considerar mais 13 atividades e 30 produtos do que anteriormente. No cálculo antigo, 43 atividades e 80 produtos era considerados. Pela nova conta, 56 atividades econômicas e 110 produtos passaram a constar na projeção.
Mantega defendeu o apóio do governo à indústria da transformação e a alguns setores como os têxteis e o de bens de capital. "É inaceitável que o Brasil seja mero exportador de matéria prima. É importante garantir o desenvolvimento de produtos brasileiros com valor agregado e o avanço tecnológico", disse.
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O ministro atacou o spread, diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetiva cobrada dos clientes, e as taxas de juros cobradas no país. "É inconcebível um país com uma inflação de 3% a 4% ao ano ter taxas entre 35% e 36%. Não há lucro que resista. Isso inibe o crescimento sustentável do país", afirmou.
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