Na entrevista do programa Café com o Presidente, da Radiobras, na manhã desta segunda-feira (16), o presidente Lula afirmou que o Brasil irá se tornar “um grande produtor de peixe”. A afirmação foi feita após uma visita na semana passada à primeira fazenda marítima do país, localizada em Recife (PE). O espaço, que contará com 48 tanques de criação, vai permitir a produção de 10 mil toneladas de peixes.
“O benefício maior é o conhecimento científico, tecnológico do Brasil numa área nova. É uma coisa estupenda, vai se introduzir 10 mil toneladas de peixe de Bejupirá, que chega a seis quilos em um ano, ou seja, enquanto o salmão demora três anos para chegar a seis quilos, ele chega em um ano. É um peixe genuinamente brasileiro, da costa brasileira, do nordeste brasileiro”, defendeu Lula.
Segundo Lula, o povo brasileiro come, em média, sete quilos de peixe per capita por ano. Em outros países, essa média é de nove a 12 quilos por pessoa. “Fizemos um marco regulatório que esperou 15 anos e agora estamos tanto nos rios, nas represas e nas hidrelétricas quanto no mar, autorizando áreas para que as pessoas possam criar peixes. Em alguns anos, vamos nos transformar em um grande produtor de pescado”, disse.
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Ferrovia
Lula falou ainda sobre a construção da ferrovia Transnordestina, que liga o porto de Suape (PE) ao porto de Pecém (CE). A estrada de ferro terá R$ 45 bilhões em investimento e 1.728 quilômetros de extensão. Na semana passada, o presidente esteve em Pernambuco para dar início às obras de parte da ferrovia.
“Significa uma revolução na região do nordeste brasileiro, porque nós envolvemos vários estados com esta ferrovia. Significa o desenvolvimento da região, porque por ali você vai transportar toda a produção que for produzida na região. Você vai poder levar carga de um estado para outro estado. E eu acho que isso é uma coisa extremamente importante, porque atrás da ferrovia vem o desenvolvimento das cidades, o desenvolvimento das regiões”, defendeu Lula.
A ferrovia é idealizada há mais de 100 anos. A estrada de ferro que cruza o sertão nordestino chegou a ver construídos alguns trilhos em 1990, mas teve que ser paralisada dois anos depois por falta de verba. (Renata Camargo)
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