O presidente Lula afirmou hoje (11) no Palácio do Planalto, durante a cerimônia de recebimento da tocha dos jogos Pan-Americanos, que o Brasil receberá “de braços abertos e sentimento fraternal” os atletas que participarão das competições.
Lula também destacou o esforço que governo e sociedade fizeram para “capacitar o Brasil, e, em especial, o estado do Rio de Janeiro, a sediar os Jogos Pan-Americanos”. “Trata-se, como vocês sabem, de um grande projeto com investimentos do governo estadual, investimentos do governo municipal, investimentos do governo federal que, no final das contas, deve chegar a mais de 2 bilhões e meio, quem sabe um pouco mais”, declarou o presidente.
O presidente também se mostrou otimista ao declarar que o Brasil mostrará ao mundo, ao final dos jogos, que tem condições de realizar eventos de qualquer dimensão internacional. “Enfrentamos os desafios e cumprimos com nossas responsabilidades, trabalhando juntos com imaginação criadora e absoluta dedicação”, disse Lula. (Rodolfo Torres)
Leia a íntegra do discurso de Lula
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Deputado tucano quer disciplinar escutas telefônicas
O deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) apresentará amanhã (12) um projeto de lei que visa disciplinar a prática de escuta telefônica. O objetivo da medida é evitar as escutas clandestinas.
Devido a grampos telefônicos legais, realizados durante a Operação Xeque-Mate, a Polícia Federal indiciou o irmão mais velho do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, por tráfico de influência e exploração de prestígio.
"A interceptação telefônica autorizada em decisão judicial tem sido muito importante para a investigação e o combate aos crimes e às verdadeiras máfias que atuam em muitos setores do poder público e na sociedade em geral. No entanto, é necessário que se proceda a uma auditagem regular a fim de evitar contaminações e escutas irregulares", afirmou o tucano.
Convocação
Em entrevista à rádio CBN, o deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), líder do PSDB na Câmara, afirmou que pode apresentar um pedido de convocação do ministro da Justiça, Tarso Genro. O objetivo é esclarecer se houve vazamento sobre a prática de grampos telefônicos antes das Operações Navalha e Xeque-Mate serem deflagradas pela Polícia Federal. (Rodolfo Torres)
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Para o diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Lula, era um "inocente útil" nas mãos de uma quadrilha comandada por Dario Morelli Filho, compadre do presidente. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Lacerda afirmou que Morelli era sócio do empresário Nilton Cezar Servo no esquema de exploração de máquinas caça-níqueis desmontado pela Operação Xeque-Mate.
Para o diretor da PF, a participação do compadre do presidente na quadrilha é maior do que se acreditava. Conforme as investigações, ele se valia de suas ligações com o PT e das amizades dentro do governo federal para blindar a quadrilha e ampliar os negócios. "Ele está envolvido até o pescoço com o chefe da organização", disse o delegado, que já pediu a prisão preventiva de Morelli.
Já Vavá, afirma Lacerda, era utilizado em pequenas tarefas. Em diálogos interceptados pela polícia, membros da quadrilha o tratavam como um "lobista pé-de-chinelo", que insinuava uma importância que não tinha para embolsar "uns trocados". (Carol Ferrare)
Executiva do PT se reúne para discutir reforma política
A Executiva Nacional do PT se reuniu com parlamentares petistas na tarde de hoje em Brasília, na sede nacional do partido, para discutir a reforma política. Entre os pontos debatidos, está a adoção do voto em lista pré-ordenada. No entanto, apenas na próxima reunião, marcada para quinta-feira (14), a legenda deverá fechar posição em relação ao tema.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) destacou que o partido caminha para fechar questão em torno da adoção de algum tipo de lista. Contudo, as modalidades ainda estão em discussão. O líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ), afirmou que há um número crescente de parlamentares a favor da lista pré-ordenada.
Já o deputado José Genoino (SP) ressaltou que o financiamento público de campanha implica necessariamente na adoção da lista fechada, tendo em vista que o Estado brasileiro não dispõe de recursos para financiar as eleições individuais.
“Além de tornar a eleição mais barata, tem um caráter educativo”, afirmou Genoino. De acordo com o site do partido, o financiamento público de campanha, a fidelidade partidária e o fim das coligações proporcionais são pontos que têm maior consenso. (Rodolfo Torres)
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