O PFL, cansado do papel de sombra do PSDB, recuou e decidiu lançar candidato para disputar a presidência da República no ano que vem. Depois da divulgação das recentes pesquisas do Ibope/CNT e Datafolha, apontando nomes do PSDB – como o prefeito de São Paulo, José Serra, e o governador paulista, Geraldo Alckmin – na frente na corrida eleitoral, o presidente da legenda, senador Jorge Bornhausen (SC), afirmou que o partido não descarta a candidatura própria em 2006.
A afirmação foi feita hoje, após reunião da legenda, quando lideranças do partido consideram “um erro grave” a declaração do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), de desistir de concorrer à presidência em favor da candidatura de José Serra.
Para Bornhausen, a aliança com o PSDB seria apenas a terceira opção do partido depois da candidatura de César Maia ou da indicação de outro nome pefelista para a disputa. Somente depois de analisadas estas possibilidades, o partido cogitaria uma aliança com o PSDB.
A mais de três meses da definição das candidaturas, a definição de coligações neste momento, segundo Bornhausen, seria precipitada. Por isso, o presidente do partido afirmou que, enquanto o prefeito do Rio não se posicionar sobre sua pré-candidatura e até que o PSDB resolva a disputa interna pela candidatura, o PFL não fará alianças.
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Se não houver candidatura própria, o partido deve lançar candidatos a governo em dez estados. Ter um nome na disputa eleitoral, na avaliação do PFL, deve ampliar o número de candidaturas ao Executivo e ao Legislativo.
A única certeza, na opinião de Bornhausen e do líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), é a aliança com o PSDB no segundo turno. “As oposições certamente estarão juntas”, afirmou Bornhausen.
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