Os deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Maria do Rosário (PT-RS) voltaram a protagonizar discussão acalorada no plenário da Câmara nesta quarta-feira (14). O bate-boca aconteceu durante a realização de reunião da comissão geral para discutir a violência contra mulheres e meninas e a cultura do estupro. Uma das convidadas, Daniela Teixeira, vice-presidente da OAB-DF, lembrou em sua fala que Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por apologia ao estupro, o que irritou o parlamentar.
A denúncia por apologia ao estupro partiu da Procuradoria-Geral da República. Maria do Rosário é autora de uma queixa-crime por injúria que resultou em uma segunda ação penal contra o deputado. O caso teve início em 2003, a partir de uma confusão flagrada pela RedeTV! entre os dois no Salão Verde da Câmara, em área próxima à entrada do plenário. Na ocasião, o parlamentar chega a empurrar a petista e disse que não a estupraria porque ela “não merece”.
Após a menção de seu caso no STF, Bolsonaro, que já estava inscrito para falar após os convidados, se irritou e pediu direito de resposta. Maria do Rosário, que presidia a reunião, passou a palavra para a próxima convidada, uma vez que o parlamentar teria o direito de fala garantido em seguida. O público que acompanhava a sessão se dividiu em gritos de “Direito de resposta!” e “machistas, fascistas, não passarão!”.
O deputado foi até a Mesa protestar, mas a parlamentar petista reafirmou que ele iria falar em outro momento do debate. Quando assumiu a tribuna, Bolsonaro criticou realização da sessão, e classificou a reunião como um “desserviço” às mulheres vítimas de violência. Ele defendeu a castração química do estuprador e criticou a defesa dos direitos humanos dos acusados de estupro. O deputado também acusou o cunhado de Maria do Rosário de estupro – a petista preferiu não se manifestar por estar presidindo a sessão.
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