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Mais um deputado do PL acusado de envolvimento com o suposto esquema do mensalão renunciou ao mandato. Carlos Rodrigues (RJ) repetiu ontem o gesto do presidente do partido, Valdemar Costa Neto (SP), e abriu mão do cargo para evitar a perda dos direitos políticos por oito anos num eventual processo de cassação. O ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus será substituído pelo suplente Reinaldo Gripp (PL-RJ). A renúncia de Rodrigues ocorreu um dia antes da reunião da Mesa Diretora que decidirá sobre a abertura dos processos contra os 18 deputados citados no relatório conjunto das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) mistas do Mensalão e dos Correios. Eles são acusados de terem recebido recursos ilegais do PT e correm risco de cassação por quebra de decoro parlamentar. Renunciando antes da abertura do processo, os parlamentares garantem o direito de disputar as eleições já no ano que vem e concorrer a uma nova cadeira na Câmara. Por causa disso, é grande a expectativa pela renúncia de outros deputados nas próximas horas. Leia também Na lista repassada à Polícia Federal pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do esquema do mensalão, Rodrigues aparece como beneficiário de saques no total de R$ 400 mil. O deputado contesta a informação e afirma que não há nenhuma prova documental ou testemunhal que o vincule aos saques. O documento da renúncia de Carlos Rodrigues foi lido na abertura da sessão de segunda-feira, no começo dos trabalhos, oficializando a saída do deputado. |
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