A três dias do primeiro turno, o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), não descarta a possibilidade de o partido se aliar a candidatos do PSDB, do PPS, e do DEM, legendas que fazem oposição ao governo Lula, em municípios onde houver segundo turno.
Em entrevista ao Congresso em Foco, Berzoini disse hoje (2) que o comando nacional não restringirá as decisões dos diretórios locais onde a disputa se estender até 26 de outubro. “Não há razão para ser diferente no segundo turno”, disse ele, referindo-se à aliança costurada com o PSDB em torno da candidatura de Márcio Lacerda (PSB) à prefeitura de
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“Cada direção regional vai avaliar. Mas é preciso haver fundamentação política, o que vai depender da conjuntura local e da consistência política do apoio”, afirmou, evitando citar as cidades em que esse cenário é possível.
Berzoini também se negou a fazer um balanço da campanha
Independentemente da situação na capital mineira, a ampliação do leque de alianças é um “processo progressivo”, assegurou. “Essa tendência está consolidada. Cada vez o PT apóia mais, e cada vez recebe mais apoio”, ressaltou.
Levantamento divulgado esta semana pela Folha de S. Paulo mostra que o PT está coligado com um dos três partidos que fazem oposição ao governo Lula em 2.292 (41,2%) das 5.563 cidades brasileiras. O número é 13,9% superior ao registrado em 2004. Em 121 municípios, as quatro legendas marcham juntas.
“Crescimento consistente”
O resultado dessa nova política, avaliou, tem alavancado o partido em regiões onde não tinha tanta projeção. Além disso, acrescentou, a boa avaliação de prefeitos petistas e o bom momento do governo Lula estão pavimentando o caminho para o PT administrar maior número de municípios a partir de janeiro de 2009. “Não será uma explosão, mas haverá um crescimento consistente”, declarou.
De acordo com Berzoini, pesquisas encomendadas pelo PT ao instituto Vox Populi apontam para um “desempenho muito positivo” do partido nas urnas no próximo domingo. Os números, porém, não podem ser divulgados porque as pesquisas não foram registradas na Justiça eleitoral.
Para o presidente do PT, o momento é tão favorável ao partido que até os ataques ao presidente Lula cessaram neste período eleitoral. “Lula virou quase que uma unanimidade nacional. Mesmo aqueles que são contra o governo se calaram, porque sabem que o eleitor está atento e cobrando programas de governo”, disse.
Berzoni não deverá acompanhar o presidente no momento da votação, no próximo domingo,
Na avaliação dele, a petista enfrentará o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM) no segundo turno. E nem mesmo a crise que envolve o PSDB e o DEM
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