Bargas é muito ligado ao presidente do PT e foi secretário quando Berzoini era o ministro do Trabalho, no primeiro ano do governo Lula.

Ele informou ainda que o ex-sindicalista Jorge Lorenzetti, que trabalhava na coordenação de risco e mídia da campanha de Lula à reeleição, desligou-se do posto e reconheceu "ter extrapolado os limites de suas atribuições". Acusado de articular a compra de documentos que comprovariam o envolvimento de Serra com a máfia das ambulâncias, Lorenzetti estava no encontro de Bargas com o repórter da Época, segundo informou a revista em nota.

Por fim, Berzoini afirma estar indignado com o episódio e que condena "o denuncismo e a baixaria em processos eleitorais".

Leia a íntegra da nota:

"Tendo em vista a citação do meu nome em esclarecimento publicado hoje pelo site da revista Época, tenho a dizer o seguinte:

1) De fato, tive conhecimento de que um integrante da nossa campanha manteria contato com a revista Época para tratar de uma pauta de interesse jornalístico. Jamais tive ciência do conteúdo abordado nesse encontro, conforme reproduzido fielmente pelo site da revista;

2) Jorge Lorenzetti me encaminhou hoje carta desligando-se da campanha e explicando os seus motivos, entre os quais ele reconhece ter extrapolado os limites de suas atribuições como assessor de risco e mídia da Coligação "A Força do Povo", mas afirma taxativamente que não autorizou o emprego de qualquer tipo de negociação financeira;

3) Manifesto, mais uma vez, a minha indignação com esse episódio, e condeno, como sempre condenei, o denuncismo e a baixaria em processos eleitorais, reafirmando a necessidade de que toas as denúncias sejam investigadas e esclarecidas o quanto antes. E pergunto: a quem interessa criar confusão nesta campanha eleitoral?