O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje em Curitiba que, apesar de investigarem por meses, as CPIs dos Correios e dos Bingos não apresentaram nenhum resultado concreto até agora. A única contribuição delas, segundo o ministro, foi atentar contra a imagem dos políticos.
“O maior resultado disso são as pessoas concluírem que todo mundo na política é praticante de ilícito e talvez essa seja uma conclusão desastrosa e errada que as CPIs instauradas para investigar irregularidades no governo não resultaram em nenhuma prova concreta”, enfatizou.
Bernardo, que é filiado ao PT, reforçou que as CPIs apontaram indícios, mas não comprovaram nenhuma denúncia de corrupção no governo Lula. “Até hoje nenhuma das CPIs, nem o Ministério Público e nem a Polícia Federal apontaram concretamente uma ação, com exceção do suborno com os Correios, quebraram sigilo bancário etelefônico e até agora não provaram nada”, disse o ministro.
A oposição, segundo Bernardo, se aproveita dessa confusão para criar denúncias vazias. “No caso das denúncias envolvendo o PMDB, ninguém está acima de qualquer suspeita. Se tem uma denúncia, tem que ser investigado, mas é preciso prudência para não tornar tudo o que se fala em verdade, como no caso desse advogado (Roberto Bertholdo), que está preso e ganhou notoriedade”, reclamou.
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O ministro, que não cogita deixar a pasta sem o aval de Lula para se candidatar à reeleição como deputado federal, negou que pense em assumir o Ministério da Fazenda caso Antonio Palocci se afaste para coordenar a campanha do presidente à reeleição “Não sou dono do meu nariz. Se pudesse, gostaria de ser candidato à reeleição, mas não posso tomar decisão sem falar com o presidente”, despistou.
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