O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, criticou hoje (19) as declarações da oposição de que estaria atuando como advogado do governo no escândalo da compra de um dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB). Além disso, afirmou que as ações dos adversários políticos do presidente Lula estavam sendo motivadas pelo calor do momento eleitoral.
“São fantasias, porque ninguém aponta nenhum fato, nenhum ato ou atitude ou posição que eu tenha tomado que indique isso. Não deixei, em nenhum momento, que a minha lealdade ao presidente impedisse a minha lealdade às instituições. Sou ministro da Justiça, não sou político”, disse.
De acordo com Bastos, as investigações da Polícia Federal (PF) sobre a origem do R$ 1,7 milhão que seria usado para comprar o material estão caminhando num ritmo normal.
“A demora da apuração é uma frase absolutamente destituída de sentido. A apuração está sendo feita rapidamente. Isso aconteceu há 30 dias e já se descobriu toda a cadeia causal. Mas como ninguém confessou, tem que ir pela prova técnica”, defendeu o ministro.
Por fim, ele disse que “não se pode esperar demais da natureza humana e achar que chefes políticos da oposição queiram se comportar de uma maneira objetiva e republicana numa eleição que está chegando à última semana”. (Renaro Cardozo)
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