Renata Camargo
Diante do anúncio da saída da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, parlamentares da base alida tentam desvincular o episódio da campanha eleitoral de Dilma Rousseff (PT), enquanto oposição considera a saída como uma tentativa de abafar o caso.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), minimizou a saída e afirmou que “o governo vai tomar decisões, doa a quem doer”. “O governo vai tomar as decisões, sem fazer julgamento prévio. Quem tem que investigar é a CGU e a PF”, disse o líder se referindo à Controladoria Geral da União e à Polícia Federal.
Na avaliação do líder do PSDB, João Almeida (BA), a saída de Erenice do cargo é uma tentativa de evitar que as denúncias envolvendo a ministra recaiam sobre a campanha de Dilma. “A saída é uma tentativa de abafar o caso. Ou melhor, eles não tinham alternativa, ou o Lula ia dizer que não sabia, ou Dilma, que não conhecia a Erenice”, declarou o líder tucano.
Para o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), a situação de Erenice na Casa Civil já estava “insustentável” desde o episódio dos cartões corporativos. Em 2008, quando ainda era secretária-executiva da Casa Civil, Erenice foi apontada como a responsável pelo dossiê de gastos ex-presidente Fernando Henrique e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, durante as investigações da CPI dos Cartões Corporativos, realizada pelo Congresso. “Esperaram que ela cometesse outro delito”, disse Virgílio.
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