Representantes da bancada feminina da Câmara e do Senado defenderam há pouco a inclusão de proposta de paridade de gênero na reforma política. Na reunião da comissão especial de reforma política, que ocorre neste momento, deputadas e senadoras defenderam cota de, no mínimo, 30% das cadeiras do Legislativo para as mulheres.
A deputada Moema Gramacho (PT-BA) lamentou o fato de o relator, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), não ter colocado em seu parecer as cotas para representação feminina no Legislativo. A proposta da bancada é que a cota seja aumentada em 5% a cada eleição. “Daqui a 20 anos, a cota será de 50% de mulheres. Somos mais de 52% da população e queremos agora apenas 30% de vagas reservadas para as mulheres.”
Segundo a senadora Marta Suplicy (sem partido-SP), se não houver cota, “somente em 2114 haverá 30% de mulheres na Câmara e no Senado apenas em 2118”. Hoje as mulheres têm apenas 10% de representação no Congresso.
“O Brasil nos envergonha. Nas Américas, só temos mais parlamentares mulheres do que o Haiti e Belize. Até no Oriente Médio a presença de mulheres no Parlamento é maior”, destacou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Sistema eleitoral
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Na comissão especial de reforma política, Moema Gramacho disse também que as mulheres não concordam com sistema eleitoral majoritário proposto pelo relator para a eleição de deputadas, o distritão, que, na visão dela, “vai fazer com que menos mulheres, negros, indígenas sejam eleitos”.
PublicidadeA reunião da comissão de reforma política prossegue no plenário 11.
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