“Entendemos que o momento de crise, dentro e fora do país, reivindica a força de uma liderança política com a experiência e o brilho de Lula no comando da nação brasileira novamente”, escreveu a bancada. O líder do PR, no entanto, ressaltou que o posicionamento dos deputados do partido não significa o rompimento com o governo de Dilma Rousseff. A posição da bancada não foi avalizada pela Executiva nacional do partido.
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De acordo com Bernardo Santana, a situação econômica do país levou a bancada a tentar sensibilizar o ex-presidente para que ele se candidate novamente ao posto que deixou em janeiro de 2011. Ainda segundo o deputado, a bancada vai apoiar a reeleição de Dilma caso Lula não seja o candidato do PT. “Não estamos rifando a presidenta Dilma. Ninguém diz que não queremos a Dilma, o que dizemos é que queremos o Lula”.
Em uma entrevista a uma emissora de televisão portuguesa, Lula afirmou ontem que não vai ser candidato a cargo eletivo e reiterou seu apoio à candidatura de Dilma à reeleição. “Em política, a gente nunca pode dizer não. Mas acho que já cumpri minha tarefa no Brasil”. Em nota publicada hoje, a colunista Joyce Pascowitch informou que o ex-presidente confidenciou a amigos que será o candidato do PT ao Planalto em outubro. Mas a assessoria do Instituto Lula reitera que o petista será apenas “cabo eleitoral” de Dilma.
Veja a carta do PR:
“Nós, brasileiros, filiados ao Partido da República, deputados federais que compõem a maioria da bancada na Câmara, devidamente representado pelo líder Bernardo Santana, que deve sempre verbalizar a vontade da maioria, vimos em carta aberta, reiterar nossos compromissos com o desenvolvimento do país, nos termos consignados pela aliança política construída no contexto das eleições de 2002. Inspirados no ideal de um Brasil mais forte, soberano e socialmente justo, assentamos os alicerces do edifício que celebrou a união do trabalho e do capital produtivo, para a construção de um país novo.
Em nome de uma revolução social que não podia esperar, renunciamos, inclusive, a aspectos programáticos da doutrina que nos orienta. Muitos companheiros pagaram caro pela audácia daquela composição política, inclusive com a renúncia de projetos inviabilizados pela violência da verticalização, criada por um oportunismo sob medida.
Assumimos todos os riscos e o Brasil foi abençoado por um tempo de prosperidade e consenso. Sob a liderança do presidente Lula, o mais importante e prestigiado estadista do mundo emergente, deixamos nossas digitais na profícua obra do governo que mudou a história deste país.
Onde havia desânimo, o governo do presidente Lula e do vice-presidente José Alencar descortinou a esperança. Onde a prostração imperava, a era Lula levou a dinâmica do crescimento econômico que garantia renda mínima onde antes dominava a fome. Até o salário mínimo superou largamente a barreira dos 100 dólares, antes prometidos sem sucesso pelos que hoje se opõem ao legado de Lula.
Certos de que nossos compromissos não se esgotam na obra de um governo, entendemos que o país precisa do reencontro com os princípios daquela aliança de 2002, chancelada pelos compromissos afiançados pelo vice-presidente que surgiu de nossas fileiras.
Coerentes com estes princípios e certos de que o Brasil precisa inaugurar um novo ciclo virtuoso de crescimento pela via da conciliação nacional, entendemos que o momento de crise, dentro e fora do país, reivindica a força de uma liderança política com a experiência e o brilho de Luiz Inácio Lula da Silva, no comando da nação brasileira novamente.
Movimento União Brasil Capital & Trabalho”
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