O empresário Eurípedes Soares da Silva, autor declarado dos depósitos que somam R$ 25 mil na conta do caseiro Francenildo dos Santos Costa, disse ontem, em Teresina, que poderá abrir mão de seu sigilo bancário. "Confirmo os depósitos onde quer que seja."
Segundo o empresário, Francenildo chegou a pedir R$ 50 mil para não dizer à sua família que era seu filho bastardo, e que o valor caiu pela metade só depois de muita negociação. "Acho que ele já veio aqui com esse propósito mesmo, de pedir dinheiro", disse.
O empresário, dono da viação E. Soares, de ônibus urbanos intermunicipais, afirmou que a violação do sigilo bancário do caseiro foi um "desastre" em sua vida. "O problema é que coincidiu, esse problema dele (Francenildo), justo quando eu tinha botado o dinheiro. Dei falta de sorte."
Os dados bancários do caseiro foram divulgados logo após ele confirmar, em depoimento à CPI dos Bingos, que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, freqüentava uma mansão alugada em Brasília por ex-assessores da prefeitura de Ribeirão Preto para lobby e festas com garotas de programa. O ministro nega que tenha visitado a casa.
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O empresário nega que seja pai do caseiro e diz que não se lembra de ter sido procurado pela mãe do rapaz. "Ele chegou aqui (em dezembro do ano passado) dizendo que era meu filho, mas nunca soube disso. Foi uma surpresa grande para mim. Daí, pediu um dinheiro, porque queria comprar um barraco, e então eu pensei que, se desse, tudo se acabava ali”, disse. "Tudo o que eu fiz foi para resguardar a minha família." Soares é casado há 37 anos e tem duas filhas.
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