Cerca de 200 pessoas se reuniram hoje em frente a casa do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) para um ato de desagravo. A elas, Roriz tentou explicar sua renúncia: "Eu não tinha outra alternativa a não ser a que tomei, porque já estava tudo preparado. O esquema estava montado. Mas eu percebi e renunciei para vir às ruas".
Muito popular no DF especialmente por suas ações assistencialistas quando era governador, Roriz não esperava um quorum tão baixo. "O desemprego está tão grande no País, que o povo não tem dinheiro nem para vir aqui lhe der um abraço", tentou explicar o correligionário Rafael Moraes.
Roriz pediu a seus simpatizantes que reajam com serenidade a seu afastamento do Senado. "Eu voltei para o lado o povo onde sempre estive. Voltei para a planície para ficar junto do meu povo fiel e leal. Meu coração está partido, de um lado, com a traição; mas do outro, ao dever de lutar pelo meu povo", disse. Durante o ato, Dona Wesliam, a esposa de Roriz, rezou com os presentes um Pai Nosso e uma Ave Maria.
A manifestação de apoio a Roriz havia sido divulgada ontem na rádio Jovem Pan, do ex-deputado Wigberto Tartuce. Na gravação, o ex-senador dizia: "Tenho recebido diversas manifestações de solidariedade em função da minha renúncia ao Senado Federal. Agradeço cada palavra de carinho, cada oração, cada gesto de solidariedade. Peço desculpas por não ter tido condições de atender a todos, mas neste sábado, às 10 horas, estarei recebendo em minha residência os amigos e amigas que quiserem me visitar", dizia a gravação.
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Vigão é o dono do terreno que, após a aprovação de uma mudança de destinação na Câmara Legislativa, praticamente triplicou de valor. A Polícia Civil acredita que o cheque de R$ 2,2 milhões cuja partilha Roriz discutia com o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin de Moura pudesse ser uma comissão pela venda do terreno à Aldebran Investimentos, empresa que tem entre os sócios Nenê Constantino.
Roriz afirma que descontou o cheque no BRB por comodidade, ficou com R$ 300 mil como empréstimo e devolveu o restante do dinheiro à Constantino. (Carol Ferrare)
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