Depois de tomar o depoimento do ex-assessor do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) Marcelo Carvalho e da ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, o Conselho de Ética do Senado ouviu ainda há pouco a chefe da assessoria parlamentar do ministério Marilane Cavalcanti de Albuquerque. Essas oitivas fazem parte do processo de decoro parlamentar de Suassuna, um dos acusados de envolvimento na máfia das ambulâncias.
No depoimento, Marilane negou que tivesse algum contato mais próximo com Suassuna além daquele que o cargo exige. Dessa forma, afirmou que sempre estava presente quando o senador ia ao gabinete encontrar-se com o ex-ministro da Saúde Saraiva Felipe. Ela também ressaltou que Marcelo foi muitas vezes ao gabinete consultar o andamento das emendas do senador.
Sobre o pedido do parlamentar de transferência dos recursos de uma emenda que beneficiaria municípios paraibanos para uma ONG no Rio, a assessora disse que agiu conforme manda o protocolo. Recebeu o ofício e ligou para o gabinete de Suassuna para informar que não poderia ser feito por se tratar de um estado que não era o do senador.
A emenda em questão pedia R$ 1,6 milhão para a aquisição de ambulâncias em vários municípios do estado. O pedido de alteração, porém, não trazia apenas a mudança do beneficiário, ela também acarretava em um aumento no valor do requerimento, que passou a ser de mais de R$ 3 milhões.
Leia também
O relator do processo de Suassuna, senador Jefferson Peres (PDT-AM), insistiu bastante com a testemunha para que ela dissesse a reação do parlamentar quando soube que essa emenda não seria aceita. Entretanto, Marilane afirmou que não se lembrava. (Renaro Cardozo)
Deixe um comentário