Em nota divulgada à imprensa, o chefe do gabinete pessoal do presidente Lula, Gilberto Carvalho, negou hoje (14) ter contatado autoridades do Ministério da Justiça e da Polícia Federal (PF), a pedido do ex-deputado e advogado de Daniel Dantas, Luiz Eduardo Greenhalgh.
Segundo Carvalho, o advogado o procurou no final de maio para pedir informações a respeito de uma possível investigação policial sobre as atividades de Humberto Braz.
Preso hoje (14), Braz seria, segundo a PF, o braço direito do banqueiro Daniel Dantas, preso na Operação Satiagraha.
Dantas, que depois de ser preso e solto por duas vezes na última semana, deve prestar depoimento à PF na próxima sexta-feira (18).
Além dele, Naji Nahas e Celso Pitta, que receberam a extensão do habeas corpus na última quinta-feira (10), também deverão prestar depoimento ainda nesta semana.
Na nota, o assessor de Lula diz que, no encontro, Greenhalgh alegou que o seu cliente Humberto Braz foi seguido no Rio de Janeiro, após deixar os filhos na escola. E disse ainda que, interceptado pela Polícia do Rio, o condutor do carro que pretensamente lhe fazia a perseguição se apresentou como tenente da Polícia Militar de Minas Gerais, em seguida exibindo documentos que comprovariam estar a serviço da Presidência da República.
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Carvalho garantiu que, após o encontro com o advogado, procurou o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), onde foi informado de que o tenente fazia parte do GSI, mas que o trabalho realizado não era o mesmo alegado por Greenhalgh. Tal constatação, ainda de acordo com Carvalho, foi passada por telefone para o advogado.
“Como já havia dado a informação essencial ao advogado, no que dizia respeito à segurança pessoal de seu cliente, não fiz contato algum nem com o Ministério da Justiça e nem com a direção ou qualquer integrante da Polícia Federal, conforme já declarado pelas respectivas autoridades”, ressaltou o assessor, em trecho da nota. (Erich Decat)
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