O presidente Michel Temer (MDB) atribuiu sua baixa popularidade e a alta rejeição ao seu governo a uma eventual falta de empatia com parte do eleitorado. “Às vezes, as pessoas não vão com a minha cara. Dizem ‘não vou com a cara desse Temer’. Não tem problema. O problema é analisar de maneira fria o que está sendo feito no meu governo. Pegamos uma recessão medonha”, disse Temer em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador.
O emedebista afirmou que não vai tolerar denúncias e acusações contra ele e que está combatendo a imagem de que está “envolvido em falcatruas”. “Este ano, não vou tolerar acusações de que estou envolvido em falcatruas. Estou combatendo isso. São acusações falsas. As pessoas que disseram isso estão na cadeia ou desmoralizadas”, afirmou o presidente, repetindo a declaração dada em 20 de janeiro à Folha de S. Paulo.
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Temer foi entrevistado pelo radialista Mário Kértesz, ex-prefeito da capital baiana. O presidente defendeu as ações de seu governo e defendeu a aprovação da reforma da Previdência, proposta considerada por ele como “bastante suave”. “Só tem vantagem para os mais pobres”, declarou.
O presidente ainda sugeriu que gostaria que o ex-presidente Lula, condenado no caso do triplex, fosse derrotado nas urnas. “Se ele pudesse participar e fosse derrotado – não estou propondo aqui uma vitória dele –, politicamente seria muito melhor”, disse. Ele afirmou ainda que só vai discutir eleição a partir de abril.
Pesquisa Datafolha divulgada hoje mostra que Temer é hoje o pior cabo eleitoral do país. Mais de 60% dos entrevistados disseram que não votariam em um candidato apoiado por ele. As últimas pesquisas também indicam recorde negativo na desaprovação ao seu governo.
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