Em evento junto ao presidente Jair Bolsonaro no estado de Alagoas, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) se pronunciou sobre a alta nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha no Brasil. Em sua fala, o parlamentar abraçou o discurso de Bolsonaro quanto às causas do valor elevado, defendendo a redução na cobrança de ICMS por parte dos governos estaduais.
“Sabem o que é que faz o combustível ficar caro? São os impostos estaduais. E os governadores têm que se sensibilizar”, afirmou o deputado. Lira também comentou sobre seus planos na presidência da Câmara para tentar frear o aumento nos preços da gasolina. “O Congresso Nacional vai debater um projeto que trata do imposto de ICMS ad rem, para que ele tenha um valor fixo”.
Em sua fala, Arthur Lira afirma que sua proposta quanto ao ICMS busca impedir com que o valor dos combustíveis fique “vulnerável aos aumentos do dólar, pois esse a gente não controla. (…) Aos aumentos do petróleo, porque esse a gente não controla”. Também defendeu que a fixação do ICMS não traria problemas na arrecadação dos estados. “O governo do estado vai continuar recebendo o dinheiro dele, mas não vai receber mais do que a gasolina que é vendida nas refinarias para os postos de combustível no Brasil”.
Ataques a governadores
Arthur Lira manteve o tom inflamado ao falar do aumento no preço dos combustíveis, e utilizou o momento para seguir o exemplo de Bolsonaro para direcionar críticas aos governadores. “O Governo Federal já está abrindo mão dos seus impostos. (…) Os outros também têm que acompanhar da sua cota de sacrifício, porque estão arrecadando muito nesse período de pandemia”, exclamou.
Os combustíveis não foram o único tópico de seus ataques, que se direcionaram cada vez mais ao governador do Alagoas, Renan Calheiros Filho (MDB-AL). “Quem vocês acham que comprou as vacinas que vieram para Alagoas? Foi o governo do estado? Foram os prefeitos? Todas as vacinas de Alagoas foram entregues pelo governo de vossa excelência”, disse à multidão reunida junto a Jair Bolsonaro. “Hoje nós temos uma das menores taxas de mortalidade do país. E não é por nenhum esforço do governo estadual, mas pelo esforço do Governo Federal, que comprou milhões de doses”, declarou.
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