Mário Coelho
O pedido de revogação de prisão feito pela defesa do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda só deve ser analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na próxima segunda-feira (12). De acordo com a assessoria do tribunal, o ministro relator do Inquérito 650DF, Fernando Gonçalves, já avisou que não vai levar a matéria para ser apreciada pela sessão da corte especial na tarde desta quarta-feira (7). Arruda está preso desde 11 de fevereiro acusado de tentar subornar uma testemunha do inquérito que originou a Operação Caixa de Pandora.
Há três semanas, a defesa de Arruda entrou com um pedido para que a prisão do ex-governador seja revogada. Na avaliação dos advogados, não existe mais motivo para ele permanecer preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O problema maior para Arruda é que, caso o STJ decida que ele deve continuar preso, ele terá de sair da prisão especial em que se encontra e ir para a Penitenciária da Papuda, uma vez que, não sendo mais governador, não tem mais direito a qualquer regalia.
Além disso, os advogados também chegaram a pedir que ele fosse mantido preso em um hospital, com a justificativa de que sua saúde estava debilitada. O ex-governador passou por um cateterismo. Para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a decisão deve sair logo.
Ontem ele afirmou na Câmara, aos jornalistas, que não sabia se o julgamento poderia acontecer nesta semana ainda. “Não sei se ainda esta semana, mas com muita brevidade poderemos fazer isso”, disse o PGR, que é contrário à concessão da liberdade a Arruda.
Ainda nessa terça-feira, a defesa de Arruda entregou um memorial ao ministro relator e aos outros membros da corte especial. Eles reforçaram o pedido para que a revogação fosse analisada nesta quarta-feira. No documento, os advogados afirmam que, como os depoimentos na Polícia Federal foram encerrados ontem, não há mais a possibilidade de o ex-governador atrapalhar as investigações.
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